Um apelo irresponsável

Um apelo irresponsável

 

 

O Jornal de Angola alertava na sua primeira página de ontem para um apelo de um partido da oposição à "desobediência civil". À falta de iniciativas ou argumentos políticos consequentes para opor ao Governo parece que alguma oposição se decidiu inspirar na espontaneidade da situação moçambicana sem curar de reflectir nas diferenças conjunturais.


Da arruaça nunca veio progresso e as rupturas populares só têm sucesso ou são consequentes se e quando acompanhadas de uma estratégia e se a acção parlamentar não existir, ou seja, se não houver um local próprio, democraticamente constituído para serem debatidos os problemas do país.


Ora que se saiba a oposição não se apresentou no local próprio, o Parlamento, para contestar estrategicamente o Governo. Mesmo que num Parlamento exista uma maioria os partidos nele representados têm assento parlamentar por se terem candidatado. Ao fazê-lo, ao concorrerem às eleições e sujeitarem-se à escolha do eleitorado os partidos, sejam eles quais forem,estão a aceitar as regras da democracia.


Os problemas de um país, de um povo, há muito que deixaram de se resolver na rua. Por isso mesmo acabou-se internacionalmente a contemplação com os autoproclamados movimentos revolucionários, excepção claro às situações onde ainda se vive uma luta de libertação ou os Direitos Humanos são desrespeitados, a oposição encarcerada e a liberdade de expressão não existe.

A desobediência civil serve apenas os que não pretendem singrar num clima de estabilidade. Afasta os investidores, nacionais e estrangeiros, e não traz qualquer resultado positivo. Objectivamente apelar à desobediência civil é forçar o confronto. Não o confronto politico de ideias mas obrigar ao confronto entre população e as forças que teriam de procurar manter a calam ou repor a ordem – consequentemente o Governo, que tem a obrigação se zelar pela segurança dos cidadãos.


A falta de imaginação política não se pode tornar sinónimo de inconsciência cívica e irresponsabilidade


Fonte: Jornal de Angola

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