O povo “era atrasado e as eleições iriam significar uma confusão”, informaram a Holden Roberto

O povo “era atrasado e as eleições iriam significar uma confusão”, informaram a Holden Roberto

 

 Entrevista exclusiva com Holden Roberto 

 

Luanda – Angola completou recentemente 35 anos de Independencia. É oportuno por isso, rebuscar a nossa história política, rever os erros cometidos de formas a “equipar” a nossa bagagem de conhecimentos com aquelas ferramentas que garantam prosperidade em todos os níveis.
 
Holden Roberto, apelidado como o pai do nacionalismo angolano, na entrevista exclusiva publicada no Diário de Notícias (24/04/1999), realçou os graves erros cometidos nos acordos do Alvor  e que consequentemente influenciaram para a não realização das eleições em 1975.
 
Genebra foi o local proposto pela FNLA para os acordos. Os Portugueses recusaram-se em descrever a economia do país. Estes e outros pertinentes aspectos foram relatados pelo malogrado Holden Roberto. O a-patria repassa a referida histórica entrevista na íntegra:
 
“FNLA,  autores do Acordo de Alvor”
 
Como foram preparados os acordos de Alvor?
 
Os acordos foram preparados primeiro como a cessação completa das hostilidades em Angola à 15 de Outubro depois de negociações com uma delegação portuguesa que se tinha deslocado para Kinshasa onde estava a direcção da FNLA. Só que naltura havia um outro problema, o MPLA estava dividido em três facções e necessário primeiro reconciliar o MPLA e depois encontrarmos uma plataforma conjunta de servisse de base de negociações com os portugueses. Mesmo assim nós a FNLA elaboramos um texto que com pequenas emendas foi o texto base dos acordos de Alvor. A primeira discussão desse texto foi em Mombassa, Kenya, onde juntamo-nos os três movimentos a FNLA, MPLA e UNITA as linhas fortes da negociações com os portugueses.
 
Nesse encontro de Mombassa os outros movimentos haviam apresentado também propostas?
 
Absolutamente nada, só limitamo-nos a discutir o nosso texto e praticamente não houve trabalho nenhum, porque a reunião serviu apenas para permitir a aprovação do texto por nós elaborado. Depois disso marcamos o encontro seguinte em Alvor.
 
Qual foi o primeiro movimento a chegar a Portugal?
 
 
Foi o MPLA e depois a UNITA. Nós partimos de Kinshasa para Portugal, num avião que nos tinha sido emprestado pelo presidente Mobutu. Chegados a Portugal, notamos que havia uma grande contra nós.
 
Quem fomentava essa campanha?
 
A imprensa portuguesa , desde a Rádio, a Televisão até aos jornais, era uma campanha que metia medo.
 
O que é quê diziam da FNLA?
 
Mostravam as imagens do acontecimentos de 15 de Março, éramos tratados de selvagens, analfabetos zairenses, de quase todos os nomes possíveis. O curioso é que não havia nada contra a UNITA nem tão pouco o MPLA.Nós acompanhamos toda aquela situação e pouco antes do inicio das negociações interpelamos os senhores Mário Soares então ministro dos negócios estrangeiros e Almeida Santos titular naltura da pasta da Administração do território, aquém manifestamos o nosso desagrado e a intenção de abandonarmos Portugal caso a propaganda hostil continuasse.
 
A delegação portuguesa desculpou-se primeiro com as alegações de que em Portugal havia um pleno exercício da liberdade de imprensa, mas , mais tarde depois de consultas com o presidente da Republica, Marchal Gomes Costa, os ataques terminaram. Na sala de reuniões entretanto existiu um outro elemento que nos dividiu que era a presença do senhor Rosa Coutinho.
 
Nós havíamos rejeitado a presença dele nas negociações porque esse quando chegou a Angola como alto comissário, cometeu muitas atrocidades contra os nossos compatriotas e depois porque foi o primeiro prisioneiro de guerra que a FNLA tinha feito no inicio da luta armada e foi um pouco maltratado porque nós ainda não possuíamos uma experiência de coabitação com os prisioneiros de guerra. E ele poderia transportar para as negociações um sentimento de vingança, por esta razão pedimos a retirada dele.
 
Durante as negociações a FNLA em algum momento sentiu-se prejudicado em detrimento de outros movimentos, o MPLA e a UNITA?
 
 
Era muito claro. Mas para nós o mais importante é que estávamos a conquistar a liberdade depois de 14 anos de luta.
 
 
O quê é que definiram os Acordos de Alvor?
 
 
Bom, Alvor definiu a formação de um Governo de Transição. Discutimos várias questões políticas, a tomada do poder pelos angolanos, a independência e os seus instrumentos e a marcação do 11 de Novembro de 1975 como data dessa independência. Tínhamos duas vertentes das negociações: a política e a económica. Quando concluímos as questões políticas nós, a FNLA, porque éramos os autores do Acordo de Alvor, levantámos a questão económica e a delegação portuguesa presente nas negociações exaltou-se:  disse que não havia nada a discutir e que Portugal não devia nada à Angola. Antes pelo contrário, Angola é quem devia a Metrópole.
 
Nós queríamos discutir a realidade da situação mas os portugueses não nos permitiram. Tenho em memória a reacção do senhor Melo Antunes, que foi uma reacção violenta, e como não tínhamos o apoio dos outros dois movimentos - MPLA e a UNITA - o assunto ficou enterrado e falamos apenas da independência.
 
Que discussão económica é que o FNLA queria ter com os portugueses? 
 
Onde há entrega do poder há muita coisa a dizer. Portugal é que colonizou Angola e tinha a obrigação de revelar a situação económica do país que estava a deixar. Nós queríamos saber que acordos Portugal tinha com o exterior em relação a Angola, não podíamos receber o país sem conhecer as suas finanças, isso é natural e aconteceu com todos os países descolonizados. Acho que Angola é o único país que não abordou este problema.
 
Como é que o MPLA e a UNITA reagiram a vossa proposta? 
 
Não abriram a boca nenhum deles abriu a boca para dizer alguma coisa. E nós como estávamos no terreno do inimigo e depois os nossos parceiros não nos ajudaram preferimos encerrar o assunto. Mas se estivemos num local neutro como Genebra que nós havíamos proposto antes , seriamos muito exigentes em relação a essa questão.
 
O que se passou é que as negociações decorreram com grande intimidação. Basta ver que quando aterramos em Faro, encontramos o aeroporto fortemente cercado por tropas portuguesas e o mesmo cenário repetiu-se em Alvor , no hotel onde as delegações estavam hospedadas, apesar, de também nós termos levado para Portugal homens armados, cento e cinquenta comandos muito armamento no avião.
 
Evoluíram depois para o Governo de Transição. De que maneira é a FNLA entrou nele? 
 
O Governo foi marcado pela distribuição das pastas ministeriais pelos três movimentos; depois discutimos o calendário das tarefas que nos iriam conduzir á independência nacional, preparar as eleições gerais, proporcionar o regresso dos refugiados espalhados pelos países vizinhos e, ao mesmo tempo, instalar as populações deslocadas. Os trabalhos começaram em Janeiro e a independência veio a ser proclamada 11 meses depois em Novembro, mas infelizmente em condições muito difíceis. Dois meses depois dos Acordos de Alvor iniciaram os confrontos militares em Luanda.

Quais foram os motivos do fracasso do Governo de Transição?
 
A desconfiança e a intriga da potência colonial, porque Portugal não facilitou a independência. Porque repare, houve uma intervenção das forças cubanas, quando Portugal ainda era soberano neste país, e o alto-comissário português para Angola,  Leonel Cardoso ainda encontrava-se em Luanda. Ele deu a independência ao MPLA, quando os Acordos de Alvor tinham sido assinados pelos quatro - Portugal, FNLA, UNITA e o MPLA - mas ele retirou-se entregou o poder ao MPLA. Foi a mais greve  violação dos Acordos subscritos em Alvor. Como se pode ver Portugal assume a maior responsabilidade por ter permitido a entrada de estrangeiros quando ainda era o poder. A partir desse momento a desconfiança generalizou-se, a guerra iniciou e esta guerra que dura até hoje.
 
 
A guerra iniciou aqui em Luanda, precisamente entre a FNLA e o MPLA, é assim? 
 
Sim, começou aqui em Luanda, houve provocações que a história um dia vai se encarregar de revelar, porque há pormenores que necessitariam de muito espaço para serem contados. Posso dizer que essas provocações tinham sido bem planeadas, por exemplo para conduzir o processo da descolonização até ao dia 11 de Novembro. Os  movimentos tinham aceite a presença de 26 mil homens da tropa portuguesa, mas quando se registaram os combates em Luanda essa tropa portuguesa participou nos ataques, contra a FNLA temos provas!
 
A tropa portuguesa combateu a favor de quem?A favor do MPLA. Temos provas e despachos das agências que estavam aqui e publicaram isso. Essas tropas eram do Movimentos das Forças Armadas (MFA), e eram comunistas e esquerdistas, Alias já nos tinham alertado por amigos nossos, que as forças que se encontravam. em Luanda estavam misturadas com os comunistas e foram esses que ajudaram o MPLA. Quando iniciaram os confrontos aqui em Luanda a FNLA estava a conquistar todos os quartéis do MPLA.
 
Um dia a noite eu estava a trabalhar no meu escritório em Kinshasa recebo um telefonema por volta das duas horas da noite, do palácio do Belém do marchal Costa Gomes a pedir-me um cessar fogo porque os combates em Luanda tinham feito muitos mortos e que os hospitais não tinham capacidade para receberem mais feridos segundo ele o Agostinho Neto é que tinha proposto o cessar fogo, e acrescentou caso nós não aceitássemos ele havia de ordenar as tropas portuguesas que se encontravam em Luanda para intervirem à favor do MPLA.
 
Bem eu analisei a situação da nossa logística e resolvi na mesma noite telefonar para o presidente Mobutu que também disse-me ter recebido uma chamada de um embaixador americano que tinha feito a mesma sugestão. Mobutu convenceu-me a aceitar o cessar fogo e assim fizemos. Foi nessa altura em o MPLA reorganizou-se para lançar outros ataques, que culminaram com a nossa retirada de Luanda.
 
O senhor está a falar numa conspiração que visava afastar a FNLA?
 
 
Isso já começou há muito tempo. Posso revelar um caso que acho interessante. Quando a delegação portuguesa chegou a Kinshasa depois das discussões que tivemos, estava-se prestes a assinar um acordo de paz, a delegação portuguesa disse-nos que Portugal aceitava a presença do MPLA e da UNITA em Luanda e nas províncias e a FNLA podia apenas abrir uma delegação em Luanda e mais nada. Perguntamos o porquê dos outros  instalarem-se na capital e nas províncias e nós não? A única resposta que deram é que tinha sido uma decisão do Governo português. Então naquelas condições nós decidimos não assinar o cessar-fogo e as negociações ficaram suspensas por 24 horas, tempo que os portugueses precisavam para contactar o Presidente da República. No dia  seguinte vieram dizer-nos que Portugal aceitava delegações da FNLA também nas províncias. Achamos aquela atitude muita estranha e sabíamos que alguma coisa havia de acontecer.
 
 
A FNLA negociou a sua saída de Luanda ou não?
 
Houve combates, a FNLA e a UNITA tiveram que sair de Luanda. Combates, aliás, que tiveram a intervenção das forças cubanas e de países africanos como o Congo-Brazaville, Moçambique, Guiné-Bissau, Argélia e os 26 mil soldados portugueses. Foi uma  coligação de forças.

A FNLA também trouxe forças estrangeiras, ou não?
 
 
A guerra começou em Fevereiro, o primeiro soldado que nós fizemos prisioneiro era do Congo-Brazaville e mais tarde apanhamos guineenses, Descobrimos que eram forças coligadas, e então pedimos ao Zaire que deu-nos três batalhões 1800 soldados. E em Maio de 1975 entrei com essas tropas em Angola, mas já havia uma coligação de forças estrangeiras que ajudavam o MPLA. Tenho cá por exemplo, um despacho da France-Press que falava no regresso das tropas da Guiné-Conacry depois dos combates em Angola. Temos documentos bem guardados.

As forças zairenses que entraram como senhor em Maio de 1975 tinham como objectivo impedir a proclamação da independência?
 
A data da independência já estava marcada, só que MPLA lançou a palavra de ordem "resistência popular generalizada", e queria tomar o poder pela força e era isso o que nós tentamos impedir. Mas como disse há bocado, as provocações estavam bem planeadas, porque Portugal fez muita luta para inviabilizar a realização das eleições gerais previstas nos acordos.
 
Eu sofri muitas pressões mesmo em Alvor, no último dia das negociações fui chamado à parte pelos senhores Melo Antunes, Mário Soares, Almeida Santos e Víctor Alves para me dizerem que o povo angolano era muito atrasado para ir às eleições. O próprio Agostinho Neto também disse-me: “olha irmão, o militante da FNLA vai votar à favor da UNITA, do MPLA à favor da FNLA e assim haverá confusão”.
 
Eles proponham uma ideia que achei uma ingerência nos nossos assuntos internos onde Portugal deveria definir Agostinho Neto como Presidente da República, com o controlo do Exército e das Relações Exteriores; eu iria controlar o resto do Governo, como primeiro-ministro e o Savimbi seria presidente da Assembleia Nacional. Os portugueses disseram-me que tinham já conversado com o Agostinho Neto e com Jonas Savimbi. Achei aquilo uma traição ao povo que tinha lutado para definir o seu próprio destino e neguei essa coisa de anular as eleições. Foi por isso que chamaram as forças estrangeiras para impedir as eleições, foi essa a história que se viveu naquela altura.
 
A UNITA também não queria as eleições ou era apenas o desejo do MPLA? 
 
Eu não ouvi nada da UNITA, ouvi foi do MPLA. O Agostinho Neto conversou pessoalmente comigo depois os senhores Melo Antunes, Mário Soares, Almeida Santos e Víctor Alves chamaram-me de lado para me dizerem que a decisão que tinham tomado era de que não houvesse mais eleições em Angola. O povo, na opinião deles, não estava preparado, era atrasado e as eleições iriam significar uma confusão. Por isso é que eu digo: o que está acontecer hoje não é da responsabilidade do povo angolano, é sim da responsabilidade dos portugueses que não fizeram uma descolonização honesta.
 

*Readaptado
Fonte: JN/Club-k 
 
 

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Comentario

HOLDEM AMBICIOSO

ngokiley | 19-12-2010

É uma pena papé holdem
Até porque não tinhas vergonha ao contar essa história embora mal contada. Então num momento da criação do governo de transição o sr negou a pasta que os mediadores lhe estavam a dar e diz que queria ver angola em paz. Só a pasta de presidente que foi dada a Agostinho neto é que lhe fazia faliz? e esse motivo seria sucifiente para mandar vir aqueles hbomens que até eu que estou a falar sofri na carne a cruldade daqueles matulões escuros como se fosses capados nas areas dos demdos onde fomos obrigados a fugir da furia a mando do papá holdem.
Quera dizer que se a pasta de presidente te fosse entrgue, angola nunca mais conheceria a guerra? devis estar ainda vivo para lhje fazer esta e outras perguntas seu ambiciosa. a terra te seja leva seu canibá

Viva Holden

Negritude | 10-12-2010

Holden Roberto é HEROI. VIVA A NEGRITUDE. Viva La autenticité africaine!

Holden Roberto

ex-colono | 09-12-2010

Mas afinal porque é que ele assinou?Ter-lhe-iam dado porrada para tal?
E agora qual é o valor eleitoral?
Lá de ideias fixas não se livram:negritude,tribalismo,terror?
Quem com ferros mata com ferros morre...ou será que foram os tugas a salgar os brancos?

So cabe

Maxinde | 09-12-2010

So o JES e que ve os Portugueses com bom olho elegendo eles como os parceiros preveligiados na nossa cooperaçao, como se eles tivesem algo para nos dar ou ensinar, ou o papaizinho nao esta querer proteger o maridinho da filha o Tuga?

Nunca deveriam ter aceite que o mesmo Colono portugues, e pior ainda em Portugal, fosse o mediador para Independencia. Um crasso erro historico. A FNLA nao teve bons conselheiros

Throuth El Genio | 09-12-2010

A unica verdadeira data do inicio da Luta armada para independencia de Angola e e sera sempre o 15 de Marco de 1961.
Mesmo que hoje os herois de Angola so sao do mpla, Cuba e Russia.
Os Cheira-Xixi's Kuduristas de fraldoes e biberons da Cuca-Kimbombo-Kapuka, da Jota que tenham a humildade de aprender isso.

Os Casa Novas Sorrisos-Podres Matadores Bafo de alho e experts Ladroes do erario publico e corredores de saias hybridas que tenham a vergonhosa humildade de parar de mentir a si mesmo e as novas Geracoes- tentando tapar o fumo com a Peneira...

Esta fnla tambem foi desde sempre muito ingenua, pa!

Mesmo a tal de introducao a martelo do carasco mataku-cristeirado cunhado do kadentes-Neto nas negociacoes, deveria ter provocado o abandono imediato das conversacoes.

Pelos vistos os americanos ja tinham seus 30 anos de extracao petrolifera garantidos por Portugal e seu substituto mpla pos 11.11.75 e nem sequer queriam saber da fnla (as escondidas).

Deve ter sido por isso que se exaltaram quando se quiz saber da independencia economica...
O destino de Angola ja estava tracado
- Corpo inerte onde cada Abutre vem abdicar do seu Naco-

E as nuvens de moscas continuam se abater sobre nos, tal chafurdagem que parece nao ter fim ate aos dias de hoje, com CHINOCAS a serem convidados para festa a moda do MPLA, esta seita Satanica de Mulatos e Pulas que Lixam Angola....

Re: Para o Throuth El Génio

Zangado | 09-12-2010

Meu irmão, você é bwé yá!
Pelos vistos estás mais zangado que eu!
Aquele abraço!

Muitos Analistas ainda näo estam a compreender O que portugal quer de nós

Mambte do Uige | 09-12-2010

Olha meu irmäo angolanos a corrida portuguesa comesou na frente norte é por isso O portugal nunca vai amar O povo do norte e os que O poder foi entregue negociaram os interesses dos portugueses em angola", como eh que angola vai viver em paz se O portugal que eh O treinador dos nossos politicas Olha meu angolanos genuino sem angola em dez anos portugal nunca väo sobre viver porque säo um povo mais burro da europa a poco tempo em Luanda um portugues chamado freita que vei fazer a intervasäo da nossa constituisäo Ele ate näo tem nada de a ver em angola já comesa se meter nas nossas problemas porque para mais sair confusäo e a guerra civil e O jes kitumba continuar a permanecer no poder e os portugues aproveitar nos seus interece abrem os Olhos povo Angolano portugal nunca vai gostar O bem dos Angolanos Eles säo um povo burro e pobre reflectam meus Senhores?

Re:Muitos Analistas ainda näo estam a compreender O que portugal quer de nós

ex-colono | 15-12-2010

Meu voçês começaram a correr com os tugas e com os outros angolanos.Ou será que pouparam os bailundos?Afinal de contas o que é que ganharam com a matança , a expulsão e o confisco?As roças estão a produzir?Têm trabalho, educação, saúde como tinham?
Tuga que de facto invista no Norte de Angola será burro capice?

Ponto de interrogação!

Olinda | 09-12-2010

Foram 3 os que assinaram os acordos do Alvor mas só um é que é heroi nacional?

Historia

Minu | 09-12-2010

A historia que o tempo nunca vai apagar...

Para o ZANGADO:

Altina Kapolo | 09-12-2010

Mesmo que o Holden aceitasse a proposta de primeiro ministro a convinecia entre a FNLA e o MPLA nao seria pacifica principalmente por causa do MPLA que eram comunistas e a filosofia comunista é de partido único. Os comunistas iriam fazer de tudo para depois escurraçarem os outros, veja que a proposta já era armadilhada: Neto e Mpla controlariam a presidencia e a pasta da defesa e do Interior, ou seja, teriam o militares sob seu controle. E depois aquela era uma proposta injusta tendo em conta que na altura o Holden Roberto era o mais temido pelos portugueses(e o mais odiado tambem) e era o que realmente mais se bateu pela independencia. Com ele no poder, é provavel que haveria mais tribalismo(talves), mas uma coisa é certa: o neo-colonialismo nao nos entraria a porta adentro e teriamos uma Angola mais africana e os nossos valores e a nossa COR(negra)seria mais rspeitada e a independencia seria um facto(recuperavamos ate os nossos nomes africanos).O MPLA traiu a historia e o povo angolano, Neto era agente da PIDE e do PCP de Portugal que lhe ajudaram a fugir da acdeia em Portugal...

Re:Para Altina Kapolo:

Zangado | 09-12-2010

Gostei imenso do seu comentário.
Aquele abraço! Felicidades para Si!

Sobrevivente do 27 de maio

Lucas Inacio | 09-12-2010

Os portugueses foram os piores Des-colonizadores.Gente burra pá. É claro que depois da porrada que eles(e principalmente o Rousa Coutinho)levaram da FNLA, os tugas jamais se manteriam neutros, e apoiariam o MPLA por 3 motivos: 1-Era o partido dos assimialdos a propia cultura portuguesa(no seio do Mpla militavam muitos portugueses). 2-Rousa Coutinho e seu grupo eram comunistas e o MPLA era comunista. 3-Agostinho Neto, casado com uma portuguesa, e educado em Portugal, era a peça mais importante para eles naquele xadrez politico. Portanto eles foram os maiores culpados da guerra em Angola e actualmente continuam a ser os maiores traidores dos angolanos basta ve-los aqui em Angola.Nunca gostei destes tipos temos de valorizar mais os angolanos autoctones neste país!

Para mim os portugueses é que são culpados da nossa desgraça.

Zangado | 09-12-2010

Há muitas verdades acerca desta matéria; mas, uma cóisa é certa os Portugueses nisso tudo foram os pióres culpados; Em verdade, também se pode admitir que o povo não estava preparado por causa da divisão etnica que o próprio colono fomentou como uma das armas de colonização; Mas, parece-me que se Holden Roberto aceitasse a próposta de primeiro ministro, não será que a cóisa seria outra? O que me parece no fundo é que todos queriam o poder! É caso para dizer mais uma vez que os PORTUGUESES foram maus colonizadores; Entregaram-nos uma independência envenenada! Filho da P*ta dos Portugueses, e hoje ainda aparecem aqui a darem uma de espertos: Sacanas de M*er*das!!!

Agostinho Neto VENDEU ANGOLA

Sapo Molhado estendido no fio | 09-12-2010

Agostinho Neto foi um grande traidor filho da (...). É esse que querem lhe impor como HEROI NACIONAL?
A Historia de Angola está mal contada...
Por isso hoje nao falamos as nossas linguas nem faalmos os nossos nomes.A.Neto e os seus amigos comunistas mestiços do Mpla traíram a Patria.

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