Suíça bloqueia contas de ditadores

Suíça bloqueia contas de ditadores

Foto: A Presidente da Suíça, Micheline Calmy-Rey, anunciou na quarta-feira (19) o bloqueio dos bens dos poderosos da Tunísia e da Costa do Marfim. (Swissinfo)

 
O governo suíço decidiu bloquear imediatamente as contas que forem encontradas na Suíça em nome dos ex-presidentes da Tunísia e da Costa do Marfim.
 
O país teve que ceder aos apelos feitos em favor do bloqueio dos eventuais ativos depositados na Suíça pelo ex ditador da Tunísia, o ex-presidente Ben Ali, que abandonou o poder na sexta-feira (14). A decisão vale também para o séquito dos ditadores, que no caso da Tunísia pode chegar a mais de 40 pessoas.
 
Segundo o Banco Central suíço, descançavam nos cofres suíços mais de 1.3 bilhões de dólares em nome da Tunísia e da Costa do Marfim, em fins de 2009. Não se sabe ao certo qual o quinhão dos ditadores.
 
A Suíça quer incentivar esses países a apresentar pedidos de cooperação judiciária e “evitar que o país continue servindo de porto seguro aos fundos retirados ilegalmente do povo", declarou a presidenta da Suíça, Micheline Calmy-Rey, em uma conferência de imprensa realizada na quarta-feira (19).
 
O governo agiu através de uma portaria, aplicando o direito de urgência previsto pela Constituição Federal para bloquear os bens dos ex-presidentes Ben Ali e Laurent Gbagbo. A nova lei sobre o confisco de bens adquiridos ilegalmente pelos poderosos, chamada "lei Duvalier" - em referência ao ex ditador do Haiti Jean-Claude Duvalier, que teve seus bens confiscados na Suíça após sua queda - só entra de fato em vigor dia 1° de fevereiro. A lei permitirá a confiscação de fundos adquiridos ilegalmente cujo processo penal não pôde ser concluído.
 
Bloqueio por tempo limitado
 
O bloqueio das contas será mantido durante três anos para dar tempo aos países de realizar o procedimento penal necessário contra seus antigos dirigentes.
 
"O Conselho Federal (governo) quis agir rápido", disse a presidenta. Micheline Calmy-Rey também lembrou que a União Europeia já havia tomado a mesma decisão dia 14 de janeiro, e que a medida havia entrado em vigor no dia seguinte. Ela considerou que seja muito improvável que os fundos tenham sido transferidos nos últimos dias, pois os intermediários financeiros estão sujeitos a um dever de diligência e as autoridades federais devem ser comunicadas.
 
Agora os bancos suíços vão ter que rastrear os fundos depositados por pessoas próximas ao regime do ex-presidente Ben Ali. Haveria "pistas" da existência desses recursos, mas a presidenta da Suíça não quis entrar em detalhes.
 
O clan Ben Ali parece ter formado um sistema mafioso que conseguiu passar a mão em 60% da economia tunisiana. O novo governo terá que montar um tremendo quebra-cabeça para recuperar essa fortuna. Sem contar a confusão com as empresas estrangeiras que compactuaram com o regime do ditador.
 
Instabilidade reinante
 
A Suíça espera que esses países adotem rapidamente um governo democrático que respeite os direitos humanos e a liberdade de expressão, principalmente no caso da Tunísia, onde a situação ainda é incerta após a chegada ao poder do presidente do legislativo.
 
Por sua vez, a situação na Costa do Marfim é muito tensa, comentou a Presidenta Calmy-Rey. Não se sabe ainda como a situação será resolvida entre o presidente deposto Laurent Gbagbo, que ainda detém o poder, e o presidente eleito Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional.
 
A União Europeia bloqueou os bens de Gbagbo no domingo. As duas portarias promulgadas pelo governo suíço na quarta-feira além de permitirem o bloqueio de contas bancárias, proíbem também a venda de bens imóveis adquiridos pelos próximos dos presidentes, prática comum na lavagem de dinheiro.
 
Fonte: swissinfo.ch.
  
 

 

Comentario

gatunice

Mambote | 24-01-2011

os suicos tambem eles säo Gatunos primeiro deixam os ditadores lavar dinheiro nos seus pais porque eles sabem bem que um dia quando väo lhes derrotar e eles väo congelar as contas e todo tempo que dinheiro trabalhou já näo väo verificar os lucros ficam deles ate quando väo negociar para denvolver O dinheiro no pais D`Origem eles já beneficiaram tantas Bilhöes esse politica dos suicos säo muito perigoso os Burros dos ditador Africanos tambem aindam näo tem juiso ou ser esperto eles fazem confianca nos serpentes de duas Cabesas outra Cabesa däo sabor e outro a morder quale tipo de tristeza ao meu povo e Matumbos dos presidentes traiem seus povo depois eles proprio tornam vitimas das consequencias da injustisa dos Brancos quando eh que väo ter juiso meus Burros dos governantes Africanos.

bens confiscados

kivula | 23-01-2011

comue tao nguetas e aqui na terra das oportunidades ainda nao?aaaaaa ainda tenhem interesses aqui ne?ta fish como somos mesmo povo da esperanca,vamos esperar,mais nao se esquecam,todos aqui e pra ser congelados,ate eles propios nao fazem falta a ninguem pelo contrario......

Quem são os atrasados?

Nelo de Carvalho | 23-01-2011

Há tanto tempo se esperou por isso. Só hoje!? Depois os atrasados, sub-desenvolvidos, terceiros mundistas somos nós, os que vivemos abaixo do equador. Perdoem-me pela ignorância. Eu não sabia que a Suíça era um país tão atrasado assim. Uma coisa é ser atrasado e outra é ser ladrão. Os Suíços podem não serem ladrões, mas dá para notar que são atrasados.

Bem haja

Mustafa Diouf | 21-01-2011

Boa medida, a suiça deveria somente receber dinheiros com justificação de que não são de desfalques aos africanos.

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