Solidariedade com Cuba é gesto digno de África

Solidariedade com Cuba é gesto digno de África

 O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional considerou, ontem, em Luanda, “ilegal, injusto e desumano” o embargo económico imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba.

 

 
Ao discursar na abertura do III Encontro Africano de Solidariedade com Cuba, João Lourenço realçou que apesar do bloqueio, Cuba ainda conseguiu reunir recursos materiais e humanos para ajudar outros povos. “Não só através do envio de professores, médicos, enfermeiros e outros técnicos, como através de bolsas de estudos na ilha, onde se formaram milhares de especialistas que hoje contribuem para o desenvolvimento económico e social dos nossos países”, disse o deputado, dirigindo-se às delegações africanas presentes no encontro.
 
 
João Lourenço realçou a generosidade e o altruísmo como virtudes que marcam a política externa cubana. “Só um povo com um elevado sentido de generosidade, de entrega, de altruísmo, de defesa dos direitos mais elementares do homem, o direito à liberdade e o direito à independência, é capaz de realizar façanhas desta natureza”, frisou.
 
 
Na sua alocução, o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional referiu-se ao discurso proferido pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, na 62ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, no qual o Chefe de Estado angolano reputou de “imperioso” o fim do embargo económico a Cuba, por violar princípios do direito internacional e a Carta da ONU. “Angola espera que a ONU se pronuncie a este respeito, fiel ao ponto principal da sua Carta, segundo o qual toda a acção deve ser resultado de debate e de decisão colectiva, excluindo, portanto, o unilateralismo”, defendeu, na altura, em Nova Iorque, o Presidente angolano.
 
 
João Lourenço realçou a ajuda cubana na libertação dos povos africanos, nomeadamente em Angola, onde combatentes cubanos lutaram lado a lado com combatentes angolanos nas batalhas do Ebo (Kwanza-Sul), de Cangamba (Moxico) e do Cuito Cuanalave (Kuando-Kubango).
“A sua contribuição foi determinante para a aplicação da Resolução 435/78 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que abriu o caminho para a independência da Namíbia e a consequente queda do regime do apartheid na África do Sul de Nelson Mandela”, disse João Lourenço, sublinhando que “todos os países e povos que beneficiaram da desinteressada ajuda cubana estão eternamente gratos e sem palavras para manifestar a sua gratidão”.
 
 
Com encerramento marcado para hoje, com a leitura de uma declaração final, o III Encontro Africano de Solidariedade com Cuba é organizado pela Liga Africana de Amizade e Solidariedade com os Povos (LAASP). Participam no encontro representantes de Moçambique, África do Sul, Seychelles, Zimbabwe, Sudão, Quénia, Tanzânia, Uganda, Etiópia, Ghana, RDC, Gabão e S. Tomé e Príncipe.
 
  
 
Fonte: J.A

 

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