«Quando a Igreja fala, é acusada quando se cala, é recriminada» - Entrevista com Padre Daniel Malamba

«Quando a Igreja fala, é acusada quando se cala, é recriminada» - Entrevista com Padre Daniel Malamba

 

 Daniel Kiala Malamba é um padre irrequieto (no sentido nobre da palavra) que não se cala perante as injustiças com que 

se depara nos quatro cantos do nosso país. Por isso, o programa «Fórum», da Rádio Ecclesia-Emissora Católica de Angola, tem 
sido um meio privilegiado para levantar a sua voz a favor dos mais desfavorecidos. Há quem o vê já como sucessor do frei João 
Domingos, de feliz memória, no que tange à defesa dos interesses dos descamisados. As alfinetadas que às vezes dá, mediante 
as suas críticas, incomodam sobremaneira alguns (ou quase todos?) servidores públicos angolanos. Os desafortunados, como 
não poderia deixar de ser, batem palmas. Por saberem que têm no padre Daniel Malamba um «advogado» que não se coíbe 
de envergar a toga quando os Direitos e Garantias fundamentais dos angolanos estão em causa. Conheça melhor 
as ideias deste missionário do Verbo Divino na conversa que se segue.  
 
 
Semanário Angolense (SA) - A Igreja (Católica), volta e meia, é acusada de querer fazer o papel dos partidos políticos. O que diz sobre isso?
 
Daniel Malamba (DM) - A Igreja tem sido injus tamente acusada. Quem assim o faz, não compre endeu ainda o seu papel. A Igreja tem uma missão, que é essencialmente a evangelização e a promoção da pessoa humana. A Igreja olha para a pessoa. A política é definida como um conjunto de acções pelas quais os homens e as mulheres buscam uma forma de convivência entre os indivíduos, grupos e nações, que oferece condições para a realização do bem comum. Do ponto de vista dos meios ou da organização, a política é o exercício do poder e a luta para conquistá-lo. Portanto, pela sua própria definição, temos que admitir que nem sempre se cumpre este desiderato po lítico. Aí a Igreja tem espa ço, como consciência crítica, para alertar, exortar à luz da fé e do evangelho os ho mens da política. A Igreja não faz política, ela está inserida numa comunidade política. Não pode dar às costas a temas políticos, temas éticos, temas sociais. Sempre que o faz, o faz consciente do mandato do Se nhor Jesus. A Igreja vela pelo bem comum. Por bem comum entende-se: «O conjunto daquelas condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um dos seus membros atingirem de maneira a mais com pleta e desembaraçadamente a própria perfeição.” O bem comum é de responsabilidade de todos. “O bem comum empenha todos os membros da socieda de: ninguém está escusado de colaborar, de acordo, com as próprias possibilidades, na sua busca e no seu desenvolvimento.” (João XXIII, Mater et Magis tra e Catecismo da Igreja Católica n. 1913). É nesta questão fulcral em que a Igreja Católica é acusada de fazer politica. Quando a igreja fala, é acusada. Quando se cala é recriminada como sendo cúmplice. E numa situação em que nem sempre intervém com mais audácia e acutilância em questões sociais e po­liticas. Se o fizesse com mais frequência e profetis mo, seria seguramente apodada de partido político, como oposição. Devemos entender que a Igreja não são os Bispos, os Padres e as religiosas, somos todos nós baptizados em Cristo. 
 
Semanário Angolense (SA) - Senhor padre, gostaria de colo car uma questão pela qual o se nhor se bate há muito: a estrada Viana-Luanda já tem iluminação? 
 
Daniel Malamba (DM) - Conti nua na escuridão, sem iluminação, sem passagens de nível. Portanto, é um autêntico «Corredor de Morte». 
 
SA - Tem conhecimento do número de mortes que ocorrem por dia? 
 
DM – Não, não tenho. Deveria ser a polícia a comunica-nos estes dados. Há muitos acidentes naque la estrada. Mesmo que haja uma só uma morte por dia, isso deve ser motivo de preocupação das autoridades. O maior perigo é de dia, quando os estudantes fazem a travessia de casa para escola e da escola para casa, além das senho ras idosas. O perigo é extensivo à avenida Serra Van-Dúnem.
 
SA - A Administração Munici pal de Viana tem conhecimento desta situação ou está indiferen te?
 
DM - A responsabilidade não é da administração de Viana. Estas obras, e a estrada em si, são da res­ponsabilidade do Governo Central. Mas a Administração de Viana po deria impulsionar a conclusão das obras. Deveria, através da Polícia Nacional, que tem certamente to mado nota das ocorrências, saber o índice de sinistralidade naquela estrada por falta de iluminação, sinalização, semáforos e passagens de nível. Estas faltas são agravadas com a má condução generalizada em Luanda. Muitas mortes devem ser imputadas à má condução, de vido à ingestão de álcool e à falta de responsabilidade dos automobi listas. 
 
SA - No seu entender, a que é que se deve, afinal, a falta de iluminação dessa estrada? 
 
DM - Primeiro, o incumpri mento dos prazos da obra. Dizem que o Executivo já começou a sal dar a dívida com as empresas, a fim de concluírem as obras. Aqui, no caso destas empresas, parece que ainda não receberam o dinhei ro. O incumprimento dos prazos nas obras financiadas pelo Estado está a tornar-se uma prática habi tual, uma cultura. Há muita impu nidade, muita irresponsabilidade. Segundo, esta estrada não está ilu minada pelo deficit de energia que se verifica na cidade de Luanda. Aquando da realização do CAN muitos troços de estradas de Luan da eram iluminados por geradores! É caricato mesmo. Parece que não há geradores para iluminar esta estrada como muitas outras. Par citar outro exemplo, cito a via rápi da Cabolongo- Cacuaco. As obras desta estrada já têm mais de qua tro anos. É muito tempo para uma estrada que liga duas localidades importantes; ou seja, Luanda à Ci dade satélite de Viana. É uma obra que dura muito tempo. 
 
SA - A quem é deve ser as sacada a responsabilidade da transformação da estrada de Viana em «Corredor de Morte»?
 
DM - A responsabilidade deve ser partilhada entre os empreiteiros e o Executivo, como entidade que consigna a referida obra. São estas duas partes que se devem explicar ao povo pelo atraso da obra. Creio que se a obra já tivesse terminado, todas as dificuldades teriam sido ultrapassadas. Temos postes de iluminação para quê? Para «inglês ver»? O Executivo não deve esperar por mortes massivas para intervir. Aliás, muitos membros do Exe cutivo passam naquela estrada. Não sei o que pensam ao transitar numa obra infinita! 
 
SA - O que é que acha que eles pensam? 
 
DM - Não posso entrar na men te deles. Mas um angolano conven cido, como tal, passando naquela estrada, e noutras por esta Angola fora, passa pela sua cabeça mui tas perguntas, como por exemplo: Como será que somos incapazes de terminar esta obra? Para mim, penso que um sentimento de indig­nação deveria aflorar a mente de um verdadeiro angolano. 
 
SA - Os nossos dirigentes não são verdadeiros angolanos (é o que está a dizer)? 
 
DM - Nenhum estrangeiro poderia dirigir um país que não é dele e a nossa Lei Magna con sagra este princípio. A diferença está entre o ser e o agir. Por in crível que pareça, em todas as esferas há gente que não age em conformidade com o seu ser. Mui ta incongruência, diria, é o que se verifica, pois, como disse Dom Bosco, «não basta que me digas que me amas, mas é necessário que eu sinta o teu amor por mim». São duas coisas diferentes tu di zeres que me amas e eu sentir o teu amor! 
 
SA - O povo angolano não sente o amor dos seus dirigen tes?
 
DM - O angolano é aquele que, independentemente das suas ori gens, ama este povo, esta nação, trabalha por ela, dignifica o seu povo, com amor, dedicação e res ponsabilidade.
 
«O crescimento económico deve ser sentido nos bolsos do povo»
 
 
SA - Com que olhos vê e com que coração sente a situação social do nosso país actualmente?
 
DM - Há situações em que uma certa camada de angolanos vive, que provocam lágrimas no canto do olho. Angola tem fogos de autêntica miséria humana. O interior do país está imerso ainda em situações de miséria, de falta de água potável, falta de medicamentos, falta de esco las, de professores, falta estradas. Os meus olhos choram quando me de paro com mamãs sem protecção so cial, com filhos doentes, sem atenção e assistência médica. Vejo com in dignação as meninas solteiras, os jo vens sem emprego, sem futuro, cujo futuro passa pelo álcool, diversão e droga. É verdade que nós, sacerdo tes, temos acesso a duas realidades sociais. Na cidade de Luanda e nou tras capitais de províncias, vemos com orgulho certas mudanças nas cidades, mas também vemos com preocupação os fogos de pobreza que coabitam nas mesmas cidades e no interior do país. O crescimento eco nómico em Angola é um facto, mas não é abrangente. O interior do país está excluído. Há duas marchas de crescimento! Socialmente, houve um progresso nas escolas. Mas na saúde estamos muito aquém do esperado. Se estamos a assistir a um rápido crescimento económico, convinha não esquecer os pobres. Há miséria em muitos lares, vilas e zonas do interior de Angola. O crescimen to económico deve conduzir o país ao desenvolvimento económico; ou seja, este crescimento deve ser senti do nos bolsos, nas panelas e na vida do povo. Aplaudimos, mas também exortamos a não esquecerem alguns. Os meninos de rua são um indicati vo de que ainda temos problemas so ciais. Tenho esperança que esta área social em breve vá ser um campo de emergência nacional. Com a indi cação há menos de um ano da Sua Excia o Vice-Presidente da Republi ca (Fernando da Piedade Dias dos Santos) para se ocupar desta área, as expectativas são muitas. Pelo menos tenho fé, que ele será uma grande mola impulsionadora para acabar com a pobreza. Na verdade, a po breza em Angola é um facto. 
 
SA - Em Angola temos crianças de rua ou na rua? 
DM - É uma questão de concei to e de perspectivas sociológicas de análise do fenómeno dos «Meninos de Rua» ou na «Rua». «Meninos de Rua» são aquelas crianças que, por razões diversas, não têm o que toda criança deveria ter: um lar, o calor do pai e da mãe e portanto vêem-se obrigadas a viver com ou tras, ou a sós, ao relento. Esta des locação ou estadia longe do lar faz delas «Crianças na Rua». O concei to «Crianças de Rua» é muito mais amplo e engloba situação de misé ria e de desproteccão a que muitas crianças, como disse, por factores di versos, estão expostas. Agora temos o problema de crianças feiticeiras, negadas e renegadas no seio fami liar, perseguidas e algumas vezes mesmo eliminadas. A nossa cultura angolana, com seus usos e costumes, crenças, etc, tem muitos valores, mas também os anti-valores sobressaem muito. 
SA - O futuro da criança ango lana será negro? 
DM – Não! Não sejamos pessi mistas. A criança angolana seria a última a temer pelo seu futuro, se as políticas de protecção, as políticas sociais angolanas e toda a socieda de fizessem um pacto, uma aliança, um compromisso para o bem das crianças. É urgente colocar a crian ça como prioridade, desde a família: cuidar, educar, as crianças, educar as jovens mulheres para o período ou intervalo entre partos. É preciso colocá-la como prioridade do Esta do, da Igreja. Se todos nos compro metermos, este futuro será brilhan te. Há uma realidade que periga o futuro da criança: é o ambiente insalubre em que ela vive. Insalubre ético e moralmente; insalubre do ponto de vista de endemias, como o HIV/SIDA, a malária, as doenças diarreicas, respiratórias e outras. É preciso melhorar a política de saúde materno-infantil.
 
SA - A saúde em Angola deixou de ser um Direito para ser um negócio? 
 
DM - No papel é um Direito, mas em certas situações é um negócio. É quase um mercado. Há clínicas para ricos e para pobres. O serviço de saúde em Angola é caro. O sector da saúde em Angola precisa de ser moralizado. O que se vê, em certos centros de saúde, hospitais e maternidades é um problema nacional muito sério. Ser enfermeiro, não é uma profissão de responsabilidade, exige vocação. De fac to, no interior do país há muita gente a recorrer a médicos tradicionais por causa disso. Como disse anteriormente, temos muitos hospitais construídos de raiz no quadro da melhoria das condições sociais. Mas não temos médicos nem enfermeiros. E se os temos, alguns não são deontologi camente recomendados. Urge reabrir em todas as cidades, escolas de formação de enfermeiros, a nível básico e médio. Precisamos de quadros profissional e deontologicamente bons. É preciso reanimar a nossa saúde. Em certas situa ções a saúde está doente em Angola. Há municípios onde se morre com doenças que noutras partes do mundo já não matam. As mulheres e as crianças são as que mais sofrem e morrem. A corrupção é um cancro na saúde. 
 
SA - Temos muitos falsos médicos?
 
DM - A ocasião faz o ladrão. Temos muitas necessi dades neste campo. Paralelamente temos um sistema de saúde que não funciona. Há muitos charlatães porque há muita desorganização. É por isso que eu disse que é urgente apostar na formação de quadros. Se os verdadeiros médi cos não são tratados como deveriam, fogem dos serviços públicos. Então os falsos médicos ganham espaço e como a fiscalização é fraca, então temos o que temos.
 
SA - O que é que tem a dizer sobre o facto de haver universidades privadas a ministrarem curso de medici na sem laboratórios?
 
DM - Não faz sentido! Formar profissionais de saúde sem laboratório que sentido faz numa universidade? O la boratório é importante. Não se pode praticar directamente no ser humano. Não se pode permitir estas universidades no país. Estas universidades, se é que existem mesmo como você diz, deveriam ser extintas, e já! Formar um advoga do e um médico não é a mesma coisa. Estes médicos estão condenados a cometerem erros no corpo humano, que de veriam cometer no laboratório. E se isso acontecer, é fatal. Mas, estranhamente, alguns consideram que não há lugar para erros na medicina moderna. Embora se diga sempre que os médicos «são apenas humanos», as maravilhas tec nológicas têm realmente criado uma expectativa de perfei ção. Se os nossos médicos não forem treinados com estas máquinas, nesta tecnologia, inevitavelmente, introduzirão consigo novas formas de erros. 
 
Semanário Angolense (SA) – Qual foi o papel da Igreja Católica para que o nosso país alcançasse a paz hoje?
 
Daniel Malamba (DM) – A Igreja contribuiu muito para o processo de paz de Angola. Primeiro, na luta contra o colonialismo português, depois durante a Guerra Civil. A Igreja foi uma voz muito importante. Lembro-me agora dos Congressos Pró-Pace que foram realizados a nível nacio nal e provinciais (dioceses) a fim de sensibilizar a opinião pública nacional e internacional, da necessidade de diálo go entre as partes desavindas. Naturalmente, gostaria de ter visto uma igreja muito mais empenhada, em primeira pessoa, como aconteceu em Moçambique. Mas é preciso reconhecer a contribuição da COIEPA, das nossas vigílias, missas e o Movimento Pró-Pace. A Igreja sempre acreditou que a guerra não era a nossa sina. Por isso, a dada altura, em todas as suas mensagens pastorais, nunca se esqueceu, nem se cansou de apelar para o fim da guerra, ao mesmo tempo que promovia o espírito de oração pela Paz, nas capelas e paróquias. 
 
SA – Há feridas que ainda sangram e cicatrizes que doem. Qual tem sido o papel da Igreja para atenuar isto?
 
DM - A reconciliação nacional é um processo contínuo. Os longos anos de guerra deixaram um tecido social e hu mano degradado. Há gente que ainda tem feridas a sangrar e a toda esta gente a Igreja aponta o caminho da reconci liação, da paz e do perdão. Não vale a pena pagar o mal com o mal. É preciso que todos aprendam de Jesus, manso e humilde de coração, que mesmo em situações de cruz rezou e perdoou a todos. Portanto, o papel da Igreja, nesta fase da nossa História, é muito importante, como apaziguadora das mentes. Aliás, quem tem Cristo pode olhar o mundo com altivez e estreitar a mão àqueles que ontem eram ad versários. A verdadeira reconciliação passa por Jesus, na citação da Sua Mensagem e no reconhecimento do outro como irmão. Somos irmãos em Cristo e somos irmãos da mesma pátria: Angola. Quem tem Cristo, nada teme, e pode olhar para o mundo com altivez. 
 
SA – Já ouviu rumores segundo os quais o Frei João Do mingos terá sido envenenado?
 
DM - Não ouvi. Estes rumores não são verdade, por quanto, a família dominicana e os médicos em Portugal comunicaram a causa da sua morte. O frei foi um grande pregador, um homem de Deus, cuja mensagem tinha um grande pendor social. Olhe, um dia eu tomei vinho em casa de um amigo que já vinha numa garrafa aberta. O amor que temos pelas pessoas tira-nos a possibilidade de desconfiar e de criar conjecturas de conspiração. Mas é sempre im portante termos em conta que existe a maldade no homem. Mas o Frei (João Domingos) foi envenenado por quem e porquê? Que mal fez? Pregar a Cristo? São rumores criados para transmitir alguma mensagem. Mas contra quem, não sei. 
 
SA - Considera-se substituto do frei João Domingos? 
 
DM - Eu?! Não! 
 
SA – Pelas criticas, reparos e sugestões que faz no Fórum da Emissora Católica de Angola…! 
 
DM - Críticas? Não! Faço comentários sobre assuntos so ciais que o «Fórum», da Ecclesia-Emissora Católica de An gola, sabiamente sabe colocar. Falando do «Fórum», não vejo o dia em que a Rádio Ecclésia seja ouvida por todos angolanos. Tenho fé que este dia chegará.
 
SA - Politicamente, o País está sereno ou, como se tem dito, nos últimos tempos, há quem esteja interessado em convocar a cultura do medo?
 
DM - Sereno?! Sereno quando os autores se mantêm calados, mas quando falam, nos apercebe mos que esta acalmia é aparente. Não há intimidação do ponto vis ta político, mas talvez falte leal dade política, falta ética política que faz entrever que há um medo de falar das coisas. Olhe, nós que fazemos opinião, muitas vezes somos interpelados, por amigos, colegas, familiares e até por polí ticos, com admoestações, do tipo: «cuidado, falas muito». Penso que não é uma estratégia politi ca, é que a cultura e o passado político ainda estão na mente dos angolanos. Não nos esqueçamos de factos do passado, que ainda afloram na mente dos angolanos. Parece que ainda é muito cedo falar em Angola. Vivemos amarrados ao passado (foram 29 nos em guerra) e agora, em apenas 8 anos de paz apenas, ainda,« temos que esperar mais tempo. Mas é ver dade que não é fácil mudar uma mente formatada durante anos no ódio, na inve ja, na guerra. A paz é uma lição para to dos nós. Devemos exercitarmo-nos para a paz efectiva. Há políticos que têm um dis curso ad homine. No confronto das ideias políticas com facilidade se desemboca na crítica ao homem. 
 
Perfil
 
Daniel Kiala Malamba nasceu no dia 1 de Dezembro de 1966, em Quimbele, pro víncia do Uíge. É Missionário do Verbo Divino, estudou Teologia na Universidade de Comillas, Ma drid. 
 
Licenciou-se em Psicopedagogia, é mes trado em Ciências da Educação, na espe cialidade de administração escolar, em Itá lia na Universidade Pontifícia Salesiana de Romae. 
 
É diplomado em Estatística Aplicada na Educação pela Universidade de Roma. Ac tualmente é professor no Seminário Maior de Luanda, no ISUP (Educação Moral e Cí vica) e na Universidade Católica de Angola dá aulas na faculdade de Teologia e Ciên cias Humanas. 
 
Fonte: SA
 

Comentario

Mas os Alexandres do Nasc, Kahangos e Apolonios so veem maravilhas e Paraisos por tudo que e Cnato (?!). Meia volta estao na Seia do imperador. Ate porque veivem no mesmo recint, da p'ra entender....

Bangura | 14-01-2011

A Cultura do medo, a Covardisse (Covardia e muito diminuito), o Cabritismo, a Bajula, a Caca as fortunas e Lugares no "Ceu-Terrestre", o Clientelismo agudizado e tantos outros males que infermam profundamente a nossa Sociedade fazem com que muitos se demitiram das suas verdadeiras responsabilidades e obligacoes, deixando assim a Sociedade (a esmagadora maioria) ao Deus dara... a merece dos Lobos de servico e da atualidade...

Nos apraz saber que afinal ainda existem audazes no bom sentido, capazes de servir de Muletas para os Medricas e slow-thinkers.

"Parece que ainda é muito cedo falar em Angola. Vivemos amarrados ao passado (foram 29 nos em guerra) e agora, em apenas 8 anos de paz apenas, ainda,« temos que esperar mais tempo. Mas é ver dade que não é fácil mudar uma mente formatada durante anos no ódio, na inve ja, na guerra. A paz é uma lição para to dos nós"

Vou acrescentar
...mentes formatadas na exclusao socio-economica e politica, na descriminacao, no totalitarismo ideologico, na xenofobia, na estereotipacao, na diabolizacao de outrem, no nepotismo, na cleptocracia (nao se deveria viver do salario, disse o clarividente maior), no monopartidarismo, na anti-democracia (dizem eles que lhes foi imposta), no anti-direitos humanos (disse o candidato natural que nao enchiam as barigas), no militaris e no expansionismo (sao eles por vontade propria a trincheira firme das revolucoes (reaccoes para os lesados) em africa, quica no mundo inteiro), no "che menino, nao fala popitica"

Foram 29 anos de Guerra fratricida, da Guerra vergonhosa simplesmente para usurpar e manter o Poder

Mas nao nos esquecamos de que tivemos 500 anos duma das mais retrograsda e ferroz ocupacao e dominacao colonial.

Simplesmente saimos de Cavalo para Burro.

A nossa gente nunca teve oportunidade de conhecer algo diferente que lhe pudesse servir de referencia, para poder reclamer, exigir e olhar a vida numa outra perpspectiva que nao saisse da "biblia" da clarividentologia.

Vamos fazer entao como?!
Perguntam-se eles, bem conformados!!!
Atores politico-sociais, Academicos e Estudantes Universitarios inclusive....

E ha quem dia e noite investe com todos os meios publicos ao seu privativo dispor, para que isto continue assim mesmo.

Mas nos temos Fe que dias melhores virao.
Mas homem prevenido vale varios....

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O fascínio do poder - Mia Couto

 “Sucedeu connosco o que sucedeu com todas as outras nações. A política deixou de ser uma consequência dessa entrega generosa, dessa abdicação de si mesmo. Passou a ser um trampolim para interesses pessoais”   Ser político ou ser da política representou no nosso país, durante muitos anos, um risco de peso. A canção da velha Xica, do angolano Waldemar Basto, é...
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