Presidente Obama disposto a colaborar
O Presidente dos Estados Unidos falou, ontem, por telefone, com líderes democratas e republicanos no Congresso e manifestou-se disposto a colaborar com os últimos após o triunfo, na terça-feira, nas eleições intercalares, da até agora oposição.
A Casa Branca referiu, em comunicado, que Obama falou com a actual presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, com o líder da maioria democrata no mesmo fórum, Steny Hoyer, e com os da minoria republicana na Câmara, John Boehner, e no Senado, Mitch McConnell. A McConnell e a Boehner, comunicou que espera "colaborar com os republicanos para encontrar terreno comum, fazer avançar o país e conseguir coisas a favor do povo norteamericano", anuncia o comunicado, sem adiantar pormenores.
Obama promoveu, ontem, uma conferência de imprensa, onde analisou os resultados das intercalares de terça-feira. As eleições intercalares nos Estados Unidos deram uma vitória clara ao Partido Republicano, que garantiu uma nova maioria no Congresso.Os democratas perderam o controlo da Câmara dos Representantes e o desastre não foi maior porque mantiveram a maioria no Senado. Embora mantendo a maioria no Senado, o partido que venceu as presidenciais de 2008 viu reduzi a vantagem.
Na Câmara Baixa, o congressista John Boehner vai ser o novo presidente da Câmara dos Representantes, substituindo a democrata Nancy Pelosi. O conservador Tea Party, que elegeu os candidatos pela Florida e Kentucky, foi decisivo para a vitória dos republicanos. Sem o controlo da Câmara dos Representantes, vai ser difícil a Barack Obama fazer avançar algumas das reformas propostas pela sua Administração.
O presidente dos Estados Unidos vai estar numa posição para continuar com a sua agenda de "mudança" a partir de Janeiro, quando tomarem posse os 453 deputados e 33 senadores eleitos.
A nova composição do Congresso vai dificultar a tramitação de projectos da casa branca e tornar agenda interna e externa do país mais conservadora.
Legalização da liamba foi rejeitada
Os eleitores da Califórnia rejeitaram, na terça-feira, a legalização do consumo, comercialização e cultivo de liamba, votando largamente contra a chamada “proposta 19”.
As últimas projecções dos órgãos norte-americanos de comunicação social revelavam que 57 por cento dos inquiridos era a favor do “não” e 43 por cento, do “sim”, num Estado, onde o consumo médico é, desde 1996, legal.
Este foi um dos vários referendos realizados, na terça-feira, em vários Estados, nas eleições intercalares em que os norte-americanos escolheram novos representantes para o Senado, Câmara dos Representantes, governos estaduais e administração local.
A proposta 19, popular entre os jovens e eleitorado democrata, tinha o objectivo de equiparar a liamba ao tabaco e o álcool, o que permitia, no Estado, o seu cultivo, comércio e consumo para maiores de 21 anos. Os defensores da legalização, entre os quais o multimilionário George Soros, especialistas de Direito e economistas, argumentaram que a aprovação da proposta representava uma importante fonte de receitas para os cofres públicos e a redução substancial dos custos de detenções associadas à liamba.
Fonte: JA
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