Portugal apoiou MPLA após descolonização e ignorou uma guerra civil que vinha desde 1962

Portugal apoiou MPLA após descolonização e ignorou uma guerra civil que vinha desde 1962

O historiador luso-angolano Carlos Pacheco militava no MPLA aquando do processo de descolonização de Angola e mantém, décadas passadas, que esta foi feita de forma parcializada, com apoio de Portugal aquele movimento, e ignorando uma guerra civil que já existia.

 
"A descolonização foi apressada, parcializada, feita com apoios dados a uma das partes, a um dos atores que foi o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola)", afirma Carlos Pacheco, em entrevista à Agência Lusa.
 
Esse apoio era evidente, tanto por parte do poder político, como "das chefias militares", garante o historiador, recordando que "nessa altura militava no MPLA e esse apoio era patente e teve consequências gravosas".
 
Para sustentar esta tese, cita uma frase que Marcelo Caetano, o último presidente do Conselho do Estado Novo, terá dito, confrontado com a eventual necessidade de encontrar uma formula para começar a negociar com os movimentos de libertação, dizendo "não com o FNLA, não com a UNITA, só com o MPLA".
 
 
Carlos Pacheco sustenta que "Portugal foi entregando, foi entregando tudo ao MPLA, que ficou senhor total da capital quando Angola estava ainda sob a soberania portuguesa" e que se "cometiam desmandos, coisas execráveis, nefandas, ainda em 1974, perante o olhar cúmplice das autoridades portuguesas, ainda no tempo do Rosa Coutinho e do seu ajudante de ordens, Emílio da Silva".
 
A esta censura, o historiador acrescenta a de que "Portugal ignorou que as três forças políticas já vinham fazendo guerra entre si".
 
Desde 1961 a FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e o MPLA e depois a UNITA, que aparece mais tarde, em 1966, enfrentavam-se, "havia uma guerra dentro da guerra", advoga Carlos Pacheco.
 
Quando se assinalam os 50 anos do início da guerra colonial, Carlos Pacheco defende, por isso, que "a guerra civil em Angola que irrompe em novembro de 1975, embrionariamente estava instalada e Portugal sabia disso. Basta consultar os documentos da PIDE, está lá tudo".
 
O historiador considera que "havia três guerras" porque "os chamados movimentos de libertação tinham as armas voltadas contra a máquina de guerra portuguesa mas também uns contra os outros e havia ainda a guerra dentro dos movimentos".
 
Para ilustrar, refere relatórios, cartas, "informações dadas pelas chefias militares" que mostram que "quem ousasse sequer manifestar uma discordância para com as políticas autoritárias de Agostinho Neto (dirigente do MPLA), de Jonas Savimbi (UNITA) ou de Holden Roberto (UPA/FNLA) desaparecia".
 
Sobre a atualidade e os atrasos de desenvolvimento de Angola, Carlos Pacheco acusa "os burocratas do regime que até à pouco tempo atribuíam responsabilidade ao colonizador" e afirma que "hoje, a responsabilidade já não é do colonizador".
 
A responsabilidade de Portugal, sustenta, é que não construiu elites culturais e empresariais e por isso "o pais não acede à independência com estruturas, com elites formadas", mas "deixou coisas boas, muito boas infraestruturas, por exemplo, e aqueles senhores foram-se encarregando de destruir tudo".
 
O historiador luso-angolano, autor de vários estudos publicados sobre os primórdios da luta armada em Angola e sobre o processo pós-colonial, prepara agora um novo livro, sobre Agostinho Neto, em que traça "o perfil de um ditador" e faz uma análise "das entranhas do MPLA".
 
O historiador luso-angolano Carlos Pacheco autor do livro Angola, um gigante com pés de barro.
 
 
Fonte: LUSA
 
 

Comentario

A verdade sobre a descolonização de Angola é só uma!

José Sousa | 17-03-2011

Quando diz neste texto da agencia Lusa: "Para sustentar esta tese, cita uma frase que Marcelo Caetano, o último presidente do Conselho do Estado Novo, terá dito, confrontado com a eventual necessidade de encontrar uma formula para começar a negociar com os movimentos de libertação, dizendo "não com o FNLA, não com a UNITA, só com o MPLA" não é verdade! Marcelo Caetano não tem nada haver com a descolonização corrompida! Os culpados foram os que compunham o governo provisório, em Portugal, após o derrube do regime fascista em 25 de Abril de 1974. Foram eles Almeida Santos, Costa Gomes, Vasco Gonçalves, Rosa Coutinho e outros que compunham o governo provisório. Eles é que decidiram entregar o poder ao MPLA entregando-lhe as armas do exercito português e rompendo assim com os acordos de Alvor e Bicese! Foram esta cambada de incompetentes que contribuiram para que ouvesse, assim, 30 anos de guerra civil em Angola. Pois a UNITA era o maior partido representante de 70% dos Angolanos, mas os esquerdistas, que estavam no poder em Portugal, preferiram entregar a um partido comunista de esquerda apoiado por Cuba e Russia. Assim, os angolanos do centro e sul de Angola, ficariam sob o jugo dos tribalistas do norte. Esta é a pura verdade sobe a má descolonização que levou á morte de milhares, ou milhões de pessoas, onde outros milhares ficaram mutilados! Todos sabemos que os habitantes do Norte do país, principalmente os da zona de Luanda, odeiam o povo humilde e educado do centro e sul de Angola.

AJUDA A IRMAS DE SANGUE

JP | 24-02-2011

POR FAVOR PRESIDENTE DO MPLA NÃO TENS VERGONHA DE PERSEGUIR VIDAS DE PESSOAS QUE LUTAM PARA QUE OS ANGOLANOS BURROS ABRAM AS VISTAS E ANGOLA MUDE

Ajudem-no porfavor

povo | 06-02-2011

O General Zé Maria é acusado de perseguições e autoritarismo pelo poeta-declamador Kamolakamwe

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Notícias - angola24horas
O poeta-declamador, Fridolim Kamolakamwe, acusou esta semana o General Zé Maria oficial de Contra Inteligência Militar da República de Angola de estar a protagonizar actos para a sua captura.

O portal Angola24horas apresenta a carta de acusações do poeta-declamador, Fridolim Kamolakamwe na Integral.

Queira antes de quaisquer preâmbulos,aceitar as minhas mais resignadas saudações patrióticas.

Permita-me antes, confessar, a si, aos leitores do Angola 24 horas, ao povo angolano, aos meus fãs e discípulos na arte, que se no momento em que vos escrevo não estivesse já morto, imitando embora ainda os vivos em algumas faculdades, talvez vos não importunasse com tamanha denuncia, que confesso, me causa bastante desconforto redigir. Mas como quem já não tem nada,nada tem a perder,hei por mim a encavalar-me para tamanha ousadia, que uma vez comparada ao silencio ao qual me venho remetendo ao longo de dolorosos 14 meses dá igual.14 meses em que venho tentando uma conciliação com os meus “carrascos”,ao mesmo tempo que venho tentando desesperadamente socorrer-me dos préstimos de Sua Excelência o Camarada Presidente da República José Eduardo dos Santos,mas em vão,um homem que deu provas de um amadurecimento político,ao negociar com um exército derrotado,abrindo as portas para democratização do País.

Permitam-me ainda confessar, que se o assunto não condicionasse de forma tão apoplética a vida de terceiros, preferiria morrer em silencio. Mas hei por mim a fazé-lo,numa altura em que não sei se viverei para ver o sol raiar,antes que os cães de guerra dos Serviços de Inteligência Militar,mandatados pelo General José Maria e comparsas me alcancem o pescoço,ou raptem a minha esposa ou um dos meus filhos,como vem tentando ao longo desses 14 meses, visando os seus intentos malabaristas:Silenciar-me.Depois de um namoro de 2 nos que só terminou como terminou porque eles próprios assim o quiseram.Hei por mim a redigir o mais desconfortante documento alguma vez por mim escrito,denunciando uma perseguição implacável movida por esses Terroristas de Sofá que usam as instituições legalmente estatuídas para promover a luta contra o pobre,enquanto a pobreza que grassa lá fora entre as massas,de onde somos oriundos ameaça engolir o país.Levando à cabo ações macabras que dilaceram o pulmão de per si já caquético desta democracia ainda embrionária.

Excelência! Caros leitores, povo angolano, digníssimos fãs e admiradores do meu fazer artístico. No momento em que vos escrevo,mais uma das minhas contas bancárias 45286198/10 acaba de ser congelada.Desta feita no banco BIC,numa manobra urdida pelos Serviços de Inteligência Militar,em conluio com entidades que trabalham na sombra.Sabe-se lá sob que alegações.

Como se não bastassem os telefonemas anônimos,os raptos a que escapamos,eu e minha esposa,grampeamentos de telefones,rastreamento por GPS...etc.,etc.Razao pela qual,depois de muito ponderar sobre a questão uma vez goradas todas as tentativas de conciliação,cumpre-me trazer à tona da água a verdade sobre os factos que ora me tornam num dos homens mais procurado desses tempos de pós guerra .

Nos primórdios do ano de 2008, eu e mais um amigo, conhecido por Brigadeiro 10pacotes, músico Raper cuja música tem um carácter revolucionário e de pendor sócio-intervencionista, fomos contactados por pessoal afecto aos Serviços de Inteligência Militar (SIM), nas pessoas do General Filó, Brigadeiro Duda, Brigadeiro Neto, General Nelito, alegadamente por “indicações superiores”, e sob a égide do General José Maria, no sentido de incorporarmos, as pretensões eleitorais do partido (MPLA) no âmbito da campanha eleitoral, visando as suas aspirações nucleares: angariar mais votos. Uma vez que gozavamos, e continuamos a gozar de um grande impacto junto das massas mais desfavorecidas, dado o teor das nossas letras que cantam basicamente a dor e o sofrimento do povo._um viveiro eleitoral que ninguém ousaria negligenciar. Diga-se de passagem!_Em contrapartida beneficiaríamos de um pacote de benesses. O pacote incluía, conforme as promessas feitas: uma residência própria no projecto nova vida, uma viatura de marca hyundai santa fé, o pagamento de propinas para os nossos filhos, subsídio alimentar mensal, e um valor em dinheiro de duzentos mil dólares.

1. Essas negociações,que começaram nos meados do mês de Julho à Agosto de 2008,nos levariam a fazer uma intervenção algo musculada em plenos órgãos de difusão massiva,com destaque para a TPA,e a RNA,em que aparecemos de forma flagrante no telejornal,demarcando-nos dos ideais oposicionistas ao MPLA,proibindo concomitantemente o maior partido na oposição a UNITA de fazer uso do nosso produto intelectual (música e poesia na verdade mais as músicas do Brigadeiro 10Pacotes) nas actividades políticas do galo negro,em relação à qual, o MPLA certamente já acalentava uma vontade endêmica de desfeitear nas urnas da forma mais humilhante possível, custasse o que viesse a custar.

Em resposta aos acordos,o brigadeiro e eu embrenhamo-nos afincadamente na campanha eleitoral,num esforço hercúleo cuja veracidade,os meios de difusão,vectores do quotidiano angolano registaram. Incentivando os nossos fãs pelo País inteiro, a aderir e votar massivamente no MPLA; Uma mobilização na qual estivemos envolvidos com afinco pelo país inteiro até o término do pleito. Tendo desembocado na vitória retumbante do MPLA.Longe de nós pretender que tenha sido por causa de nós que o grande e arguto MPLA ganhou.Aliás,quem somos nós afinal, se não pobres famintos,a coberto de uma arte que anda centenariamente mais falida do que nós próprios? Mas também não seria verdade se disséssemos que não participamos desta vitória. Aliás,só o facto de termos sido chamados a participar,se não diz nada,diz no mínimo alguma coisa à reflexão de qualquer um.

2. No prosseguimento do dossiês com vista a prevenir eventuais represálias por parte de elementos afectos à UNITA,segundo o que nos foi dito,os Serviços de Inteligência Militar,numa acção coordenada,acharam por bem,abrigar-nos no complexo turístico Futungo de Belas II;Coisa que veio a efectivar-se entre os primeiros dias do mês de Agosto,até sermos transladados para um apartamento mobiliado no prédio número 12 do condomínio com o nome “ Projecto Nova Vida”,no mês de Setembro.O apartamento fora atribuído inicialmente ao Brigadeiro 10Pacotes.Sendo que, duas semanas depois me foi igualmente atribuído um apartamento mobiliado,na rua 50, primeiro andar porta 14 do edifício número 90. Com a promessa velada de dentro de poucas semanas, sermos agraciados com outros meios remanescentes do pacote em causa.

3. Ora,passado um ano sem que se efectivassem as promessas anteriormente feitas,fui mais uma vez transladado para um outro apartamento,no prédio 50,terceiro andar,porta 33 no mês de Agosto de 2009.O que reforçou a convicção de que abrir-se-ía um ciclo de transladões que jamais teria o seu culmino.Pelo que,eu e o meu amigo,achamos por bem,redigir uma carta à Sua Excelência o Presidente da República,à Sua Excelência o Vice-Presidente do MPLA,e ao general José Maria, uma carta à qual intitulamos de “Relatório de Discrepância”,aonde chamávamos atenção para essas falhas nos compromissos assumidos,uma vez que havíamos cumprido com a nossa parte,e apelávamos humildemente à uma urgente revisão deste quadro que vinha afectando as nossas vidas particulares e de nossas famílias;Sendo que nos vínhamos debatendo com inúmeras dificuldades de natureza básica. Tendo algumas semanas depois sido convidados para uma reunião de conciliação na cidade alta,com os Generais: Filó,Nelito,Brigadeiro Duda e outro cujo nome me escapa. Durante a reunião foram passados em revista os pontos constantes da carta,sem que se tivesse apontado uma solução clara para a nossa situação e de nossas respectivas famílias. Tendo os generais Filó e Nelito, ficado com a responsabilidade de comunicar essa pretensão ao General José Maria,que se fez ausente da reunião.

3. O silêncio continuou a pairar sobre o dossier. Claramente abandonados à nossa sorte,e com dificuldades de base, sendo que o Brigadeiro dez pacotes estava padecendo de problemas cardíacos,e eu me tinha recentemente submetido à uma nova intervenção cirúrgica na perna esquerda da qual sou manco desde Setembro de 2002;Além disso, a minha esposa estava com um parto de risco,tendo sido submetida a uma cesariana .Razão pela qual me desloquei à Província de Benguela,onde viria a ser detido no mês de Março sem qualquer mandado de captura por dois indivíduos que se diziam da DNIC.Um tal de Albuquerque, e o outro Fortunato;Tendo sido solto mais tarde,mediante negociações. Tendo concomitantemente perdido a guarda da tal famigerada residência. Semanas depois,o mesmo sucederia ao Brigadeiro 10 Pacotes.Fechava-se assim um capítulo sobre esse dossier tão enevoado.

Pelo que se pode facilmente depreender, cumprimos o nosso dever conforme constava do protocolo de cooperação. Faltando apenas aos Serviços,honrarem com a sua palavra.Coisa que não acontece. Entretanto, ao invés disso, E O QUE É MAIS GRAVE! Surpreendo-me, não só com uma situação social de extrema penúria, reforçada por um cancelamento das minhas actividades sociais, incluindo restrições em movimentos e congelamentos de contas bancárias, telefonemas anônimos e ameaças por telefone, por parte de entidades obscuras supostamente “agentes da lei”. Mas igualmente com uma ordem para me eliminar fisicamente.

Uma ordem da qual tomei conhecimento,graças à entidades que professam alguma simpatia pela minha/nossa causa.Ora,essa pretensão poderia ter tido lugar á 16 de Setembro de 2010, após a minha participação na “Gala do Herói Nacional”,ocorrida no Cine Tropical.Uma armadilha da qual saí ileso sabe Deus como!As entidades que me ajudaram, preveniram-me da possibilidade de a perseguição estender-se para lá da minha imaginação. Razão pela qual me desloquei apressadamente para o Huambo onde tinha a esposa e os filhos,no sentido de evacuar a família.Talvez tenhamos nos demorado por demais,pois, no mesmo diapasão,e visando ainda levar à cabo as suas macabras pretensões,na noite do dia 4 de Outubro na Província do Huambo,cinco indivíduos que se faziam transportar numa viatura verde-escuro de marca Suzuki e vidros esfumados,um dos quais escuro e forte,caixa de óculos,envergando fardamento das FAA apareceram em minha casa,com as ordens expressas que já eram do meu conhecimento: “Eliminar-me fisicamente e fazer desaparecer o corpo”.Tendo escapado pelo tecto da casa,usando as traseiras da mesma,enquanto os mesmos diligenciavam-se em telefonemas!

Não satisfeitos com a minha evasão, segundo a minha fonte, no dia 9 de Outubro após rondarem a casa por mais cinco dias, sem encontrarem rastos da minha pessoa, de Luanda veio uma ordem expressa para raptar a minha esposa e o bebê de nove meses e usar como chantagem. Caso eu me não entregasse voluntariamente,a minha esposa seria violada e morta em seguida,ao passo que o bebê permaneceria como refém.Razão pela qual diligenciei-me junto de entidades que não posso revelar,no sentido de retirar a família dalí imediatamente.Pelo que nos encontramos foragidos até a data em que vos escrevo,para preservar o bem mais sagrado que pode existir no universo: A VIDA HUMANA.Vivendo entretanto,num clima de tensão permanente e de medo,sem horizontes nem esperança,EXILADO EM SUA PRÓPRIA TERRA,MAIS POBRE DO QUE JÁ ESTAVA ANTES DE SER CONVIDADO A FAZER PARTE DESTE DOSSIER.Uma questão que acredito friamente fugir do conhecimento quer de sua excelência o Presidente da República,do povo angolano,e dos milhares de jovens que se revê em mim,e aos quais mobilizei a votar no mesmo partido que ou ajuda a me matar,ou assiste impávido.

Todavia, uma vez terminado o ano de 2010, surpreendi-me com um telefonema do Brigadeiro Duda no início do mês de Janeiro, desejando-me irónicamente “Feliz Ano Novo” após um silencio tumular. Durante os telefonemas, pois outros seguiram-se, e eu tenho as gravações, implorei que houvesse por bem arranjar uma conciliação junto dos Serviços de Inteligência Militar, pois eu estava ao corrente de todas tentativas frustradas para me assassinar, e inclusive fiz-lhe saber que tinha uma das minhas contas bancárias congeladas. O Brigadeiro limitou-se a responder com evasivas,e inclusive a sonegar as minhas afirmações.Tentando fazer parecer que tudo estava na maior paz.Entretanto,o brigadeiro pediu-me que lhe enviasse por e-mail,as provas que eu tinha sobre as tentativas de assassinato.Prazer que não satisfiz.Alguns dias depois,eu receberia um telefonema de uma individualidade bem posicionada nas lides televisivas e artísticas da Província do Lubango,cujo nome só não vou citar por uma eterna gratidão,por muito ter influído na minha projeção na mídia televisiva,nos primórdios da minha carreira.Esta entidade convidava-me antecipadamente a participar de um espetáculo no dia 14 de Fevereiro de 2011 “Dia de São Valentim”.

O que essa individualidade e o Brigadeiro Duda não sabiam é que duas semanas antes eu já tinha sido informado pela minha fonte, de que esse convite aconteceria,mas não se trava se não de mais uma “armadilha” visando raptar-me e então consumar o acto.Razão pela qual condicionei a minha ida ao Lubango nos seguintes termos: “Uma vez que o Lubango,depois de Luanda é uma das minhas praças fortes em termos de vendas,eu só vou ao Lubango se o senhor se dignar em patrocinar a reprodução de um disco de poemas de amor que tenho gravado,uma vez que seria desperdício de tão querido que sou no Lubango,deslocar-me para lá sem levar discos.Por outra,envio o número da minha conta no banco BIC 45286198/10 para que sejam depositados os valores correspondentes às passagens,para mim e a minha banda”.Só posso dizer que essa mesma entidade nunca mais voltou a ligar,e o Brigadeiro Duda idem.

Entretanto,uma vez que estou consciente do quanto os meus passos devem ser amiudados enquanto não se encontra uma solução mais a meu favor,passei um cheque à alguém,que fosse ao banco levantar um valor de cinco mil da mesma conta.Para minha grande surpresa,a conta estava congelada...Razão pela qual decidi romper o silencio,após longo período de tempo,tentando negociar.No momento em que vos escrevo.Encontro-me num estado de espírito quase indescritível por via de palavras.Sem saber quando chegará o momento de embarcar desta para melhor. GOSTAVA DE SUBLINHAR EM LETRAS GARRAFAIS,QUE O QUE ME LEVA A ESCREVER NAO É A REIVINDICACAO DOS TAIS FAMIGERADOS BENS.E SIM QUE ME SEJA DEVOLVIDA A MESMA POBRESA ANTERIOR E A PAZ,UMA VEZ QUE NADA FICO A DEVER À ELES,QUE NAO ELES À MIM!É O MÍNIMO QUE PECO EM TROCA DO VOTO QUE DEI AO MPLA,ONDE SEI QUE NEM TUDO É JÓIO.DIZER IGUALMENTE,QUE ESTE CICLO DE DENÚNCIAS, VISANDO REPOR A VERDADE DOS FACTOS,E AO QUAL DEI INÍCIO, CULMINARÁ COM UMA MARCHA SOLITÁRIA COM INÍCIO NA ESTÁTUA DO FUNDADOR ATÉ À CIDADE ALTA,ONDE ESPERO QUE ELES ME MATEM À LUZ DO DIA!

Pelo que, sou a implorar, os vossos melhores ofícios, no sentido de publicar essa denúncia que traz todos laivos de um desabafo, resultante deste quadro dantesco e totalmente atroz em que se vê mergulhado um pobre jovem, que mais não fez se não abraçar a campanha do partido maioritário até a sua retumbante vitória, socorrendo-se para tal de todos artifícios intelectuais e espirituais à sua disposição.

Aproveitando o ensejo para apelar à solidariedade internacional, apelar à ajuda de todos os poetas do mundo. Pois, uma perseguição contra qualquer poeta em alguma parte do mundo,representa em última instancia uma perseguição contra todos os poetas do mundo em qualquer parte!

Sem outro assunto, de momento, cioso de que a questão em epígrafe merecerá de vossa excelência a mais especial, a mais cuidadosa e mais sábia atenção, e posterior deliberação, subscrevo-me com apetência, sob os pretextos da minha mais auto-estima, e elevada consideração.

Atentamente

Fridolim Kamolakamwe Correia

Poeta-Escritor/Tradutor e Intérprete

E-mail: kaula10@hotmail.com
Angola24horas.com

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