Mocambique: Seis mortos confirmados nos protestos que atingem sobretudo Maputo

Mocambique: Seis mortos confirmados nos protestos que atingem sobretudo Maputo

 Os protestos que decorrem hoje nas ruas de Maputo, Moçambique, já causaram pelo menos seis mortos e 11 feridos, disseram hoje fontes de hospitais moçambicanos. 

 
No Hospital José Macamo a indicação é de que estão naquele local três mortos na sequência dos confrontos de hoje. 
 
Por seu lado, o Hospital de Navalane confirma a morte de dois cidadãos, enquanto o director do serviço de urgência do Hospital Central, António Costa, disse que registou um morto e 11 feridos. 
 
A capital moçambicana está a viver hoje um cenário de guerra: nas ruas, a polícia está a disparar balas verdadeiras contra a população enfurecida que não arreda pé e insiste com barricadas em protesto contra o aumento de preços. 
 
Hoje aumentam os preços da água e da luz. 
 
Há relatos de estradas cortadas e lojas vandalizadas, a polícia está a disparar contra os manifestantes e há um número não determinado de feridos. 
 
No centro da cidade de Maputo não há praticamente trânsito e as lojas foram fechando ao longo da manhã, com as pessoas a tentar regressar a casa. 
 
Ruas desertas e bloqueadas em Maputo e protestos feitos à lei da pedra 
 
 
As principais avenidas de Maputo estão desertas de carros e pessoas, que se juntam nas entradas da capital, onde não se pode passar e crianças circulam com pedras nas mãos: “tia, se queres passar, leva uma”, gritam. 
 
Na zona do Alto Maé, na Avenida 24 de Julho, uma das principais artérias da cidade, há também relatos de um carro que foi incendiado e avisos de que se pode tornar “uma questão rácica”. 
 
“Se passas, vão pensar: porque está uma branca a ir trabalhar?”, contou um dos manifestantes que, acrescentou, “o pior é que estão a usar crianças”. 
 
As escolas estão fechadas e grupos de jovens circulam na avenida, alguns com pedras na mão, junto aos caixotes do lixo derrubados. “Tia, se queres passar, leva uma”, grita um deles com um paralelo na mão. 
 
De acordo com a imprensa local, duas crianças terão sido mortas na zona do aeroporto, onde as manifestações começaram bem cedo, em protesto pelos aumentos dos preços dos bens essenciais. 
 
Na Baixa da cidade, as Avenidas 25 de Setembro, Guerra Popular, Karl Marx, por exemplo, estão calmas. Apenas alguns carros circulam, a maior parte deles da Polícia, e as pessoas juntam-se à porta das lojas fechadas com grades. 
 
Polícia abre corredor para a tripulação da TAP chegar ao aeroporto 
 
A situação no aeroporto de Maputo, Moçambique, tende a normalizar porque foi aberto um corredor para permitir que a tripulação da TAP que está retida no hotel aceda ao local, disse fonte do Governo. 
 
 
“Foi aberto um corredor para que a tripulação da TAP que chegou hoje possa sair e a que a vai substituir possa chegar ao aeroporto”, disse fonte do gabinete do secretário do Estado das Comunidades. 
 
Um avião da TAP está retido em Maputo porque a tripulação não conseguia chegar ao aeroporto devido aos protestos que decorrem hoje nas ruas moçambicanas. 
 
A mesma fonte disse ainda que a situação no aeroporto “tende a normalizar” e que todos os portugueses que estão no local “estão bem”. 
 
“Não há motivos nenhuns para alarme em relação aos portugueses”, reiterou. 
 
O protesto de hoje, que começou de madrugada com a “greve” dos transportes públicos (chapas), deve-se ao aumento do custo de vida. 
 
Hoje aumentam os preços da água e da luz. 
 
Há relatos de estradas cortadas e lojas vandalizadas, a polícia está a disparar contra os manifestantes e há um número não determinado de feridos. 
 
No centro da cidade de Maputo não há praticamente trânsito e as lojas foram fechando ao longo da manhã, com as pessoas a tentar agora regressar a casa. 
 

Fonte: CNN/NL

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