Jovem dirigente da UNITA sofre represalias dentro do partido por uma entrevista que não agradou a direção

Jovem dirigente da UNITA sofre represalias dentro do partido por uma entrevista que não agradou a direção

O membro da comissão política (equivalente a comi­té central) da UNITA Alexandre Dias dos Santos «Libertador» estará a sofrer represália por parte da direcção do partido, devido a uma entrevista que, em Maio passado, concedeu ao Semanário Angolense, revelou ao Semanario Angolense fonte afecta a essa formação política. 

 

Na referida conversa com esta publicação, o jovem polí­tico, de 30 anos de idade, então delegado do galo negro no Sambizanga, defendia-se de acusações que alguns dirigentes do partido lhe faziam, segundo as quais, ele havia desviado dinheiro e não trabalhava. A direcção exige que «Libertador» peça desculpas por ter concedido a entrevista, mas contacta­do pelo SA, ele preferiu não comentar o caso. 
 
«Julgo que é um problema interno, se é que é mesmo um problema, do partido e deve ser resolvido pelas suas estrutu­ras», ripostou o jovem dirigente da UNITA quando convida­do pelo SA a comentar o assunto. 
 
O entrevistado visou o presidente do partido, Isaías Sa­makuva, Cláudio Silva, seu assessor, e Daniel Domingos «Maluka», secretário para os assuntos eleitorais. Esta pu­blicação tentou, sem êxito, contactar as três personalidades, mas soube que a última está, desde domingo passado, em Portugal, a fazer tratamento a um acidente vascular cerebral, que sofreu há cerca de três semanas. 
 
Segundo constou a este jornal, Alexandre Dias dos San­tos tem sido mantido à margem das reuniões do secretariado provincial, em que só participou de uma e onde exerce o car­go de secretário . 
 
Segundo fonte dos maninhos, o jovem, enquanto traba­lhou como secretário do Sambizanga, uma forte base eleito­ral do MPLA, realizou um notável trabalho de mobilização, que lhe custaram amargos de boca, incluindo ameaças à sua integridade física, por parte de «fanáticos» militantes do par­tido no poder. 
 
Por a família Dias dos Santos estar tradicionalmente liga­da ao MPLA, Alexandre tem sido marginalizado, também, por aquela, desde que, no princípio da década de 2000, aderiu à UNITA, mantendo-se-lhe à margem dos seus círculos. 
O Semanário Angolense promete seguir de perto este epi­sódio, trazendo outros prováveis desenvolvimentos.
 
 
Fonte: SA
 
 

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