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José Eduardo dos Santos: a 31 anos no Poder sem nunca ter sido eleito

A visão Deslocada de Eduardo dos Santos

Quando a Alemanha assinou em 1945 o armistício que dava por finda a Segunda Guerra Mundial, ninguém no mundo podia prever que nove anos mais tarde esse país desfeito em ruínas pelas bombas da Royal Air Force e pelas investidas destruidoras das infantarias americana, soviética, francesa e inglesa, se tivesse erguido das cinzas para se tornar, já nessa altura, uma das economias mais competitivas da velha Europa, tendo mesmo alcançado no ano de 1954, na Suíça, o título invejável de Campeão do Mundo de Futebol ao bater na final a maravilhosa equipa da Hungria com Puskas e Kocsis a terem de baixar a cabeça perante uma imperial Manschaft teutónica. Hoje a Alemanha é o mais poderoso país da União Europeia, uma das mais dinâmicas economias do mundo e onde toda a gente, salvo excepções, vive muito bem.

Note-se, no entanto, o lado mais espantoso da evolução da nação alemã, mais que a vivacidade da sua economia, é o resultado dessa vivacidade, num país que, das cinzas da guerra, voltou ao topo da hierarquia mundial em termos de qualidade de vida, ao mais alto nível, em muito menos de 15 anos.

Não queremos de modo algum comparar Angola à Alemanha, cada um desses dois países joga, como se diz na gíria, no seu campeonato, os teutões na opulência dos “Conquistadores”, Angola na luta pela sobrevivência das vítimas da “Conquista”. De um lado a atingir o topo de gama da tecnologia, do outro o topo da miséria.

Há 30 anos atrás , Dos Santos tornou-se presidente de Angola e Ronald Reagan estava na presidência dos EUA., Obama tinha 17 anos. Trinta anos depois, Dos Santos continua na presidência de Angola, o miúdo Obama chegou à presidência nos EUA, onde, entretanto, por lá passaram quatro homens de Estado, líderes, muito diferentes uns dos outros Reagan, Bush pai, Bill Clinton e Bush filho com 8 anos de mandato para os três últimos. Em Angola a mesma pessoa (José Eduardo dos Santos), já na idade da reforma, continua no poder e a tentar convencer os Angolanos que pode introduzir modelos de desenvolvimento nos pais.

É claro que, e temos de admitir como sendo legítimo, o chefe de Estado de Angola, José Eduardo dos Santos não estar contente com a lastimosa imagem que Angola apresenta aos olhares concupiscentes dos investidores estrangeiros (há tanto petróleo por aqui…). Na mais recente tomada de posse dos membros do governo o presidente desabafou, disse haver ministros que não parece estarem enquadrados, que não se adaptam aos sinais do tempo.

Não é preciso ser bruxo para ver tão resplandecente realidade!... Sim, mas o que é fantástico no nosso país é que o facto de o chefe dizer o que toda a gente vê há séculos, se transforma como que por milagre numa descoberta genial, dum homem genial que só tem ideias geniais. E assim toda a gente vai tentar descobrir quem são os tais dirigentes atrasados da molécula. Olhares obtusos viram-se hoje para os nossos destituídos ministro das Obras Públicas e Urbanismo, José Ferreira, e para a nossa ex-governadora “Xica” do Espírito Santo. Será que eles são tão atávicos como sugere o presidente Dos Santos? Estamos em crer que nem tanto assim. Basta olhar para quem proferiu o impropério.

Do seu longevo consulado podemos destacar para começar que o homem nunca foi eleito. O que vimos foi a ascensão fulgurante de um jovem militante do MPLA, levado para o poder de bandeja pelos seus mais velhos, instituído por força da conjuntura chefe supremo de um regime marxista-leninista, a ter que andar num cesto de ovos para conservar o poder e a consegui-lo, a ver que o solo se desmoronava e a mudar-se para democrata convicto em 1992, a organizar eleições completamente falhadas e a abrir as hostilidades em Luanda numa tentativa de massacre de toda a alta hierarquia do partido rival, a UNITA, levar a cabo uma guerra sangrenta a ganhá-la num alarde de grandes gestos humanistas que levaram irremediavelmente o partido derrotado para a valeta de menos de 20 deputados entre mais de duzentos eleitos, e a vangloriar-se, pela voz concertada dos seus inúmeros cortesãos, de ser gestor exímio, garante da paz, instigador, orientador e mentor de uma das maiores economias de África e uma das mais dinâmicas do mundo.

A acreditar no que propagam aos azimutes os arautos do presidente Eduardo dos Santos ele é certamente o único ser humano no mundo que nunca erra. Nem Jesus Cristo, filho de Deus, conseguiu este feito, mas adiante. Como dizia o Goebbles, ministro da propaganda do famigerado ditador alemão Adolfo Hitler: “Mintam, mintam, alguma coisa há-de ficar”.

Quando Dos Santos fala em público, depois de ter falado, vêm a correr, dos bastidores do Palácio e do Kremlin, os lambe-botas, os cientistas de Estado a confirmar a sapiência do chefe, vêm os mais “Eduardistas” que Eduardo da arma em punho prontos a matar quem se meta no caminho do chefe… E matam mesmo, não é brincadeira.

Poder mais retardatário que este é difícil de encontrar. Talvez haja (infelizmente há), mas esses são outros quinhentos, não nos fazem mal nenhum. O que conta para nós é que em mais de dez anos de paz construiu-se uma sociedade a duas velocidades, uma a jacto, outra, de tipóia, mil jactos e 15 milhões de tipóias!

Sob o comando do guia iluminado Dos Santos continuamos a viver perto dos esgotos da humanidade entres os países onde a miséria prolifera como as ratazanas nos ditos cujos do mundo inteiro. Esperança de vida, mortalidade infantil, mortalidade materna, índice de pobreza, nível de serviços básicos dos mais baixos do mundo, e isso na economia que pretende ser das maiores de África e das mais dinâmicas do mundo!??...Estranho.

Exactamente, é estranho. Estranho porque em Angola continuamos a viver num “Faz-de conta” generalizado: o poder faz de conta que governa, a economia faz de conta que cresce (e até cresce, mas para menos de 10% da população) o povo faz de conta que está contente e a oposição faz de conta que se opõe ao MPLA. Que remédio! Com oitenta e dois por cento nas unhas, vais-te opor como? Os que o fazem são ameaçados na hora!

JES está a ser desenquadrado

José Eduardo dos Santos, presidente da República de Angola, há mais de trinta no poder sem nunca ser eleito, em muitos círculos é apontado, umas vezes justa outras injustamente, como responsável por toda a miséria galopante que medra por toda a parte no nosso país, ele, que é visto por grande parte da oposição, como o maior desenquadrado de Angola, sentado num lugar para onde ninguém o elegeu, transformado em ressuscitador de Constituições e de métodos de repressão que fariam Salazar corar de vergonha. Enquadrado, JES!?, nunca mais!...

A sustentá-lo, multiplicam-se as acções de propaganda dos seus coadjuvantes, pagos a preço de ouro sob a tutela do MPLA, Partido histórico com responsabilidades acrescidas depois do golpe dos votos metidos nas urnas pela calada da noite, esse sim, impecavelmente executado. O partido dos camaradas, de facto, acusam os seus críticos, demonstra pela sua subserviência ao chefe, estar assolado por um permanente desnorte e ser refém de José Eduardo dos Santos.

“O MPLA não governa é guarda-costas de um governo que não existe. A sociedade Angolana, sem a mais pequena réstia de escrúpulos, caiu na desgraça do Clientelismo, Nepotismo, Corrupção, Ignorância e Bajulação. As leis de Probabilidade, e Tolerância Zero são papéis para meter em frente dos olhos duma comunidade internacional rendida ao ouro negro, o sistema implementado pela administração Dos Santos é o resultado da mediocridade social (riqueza extrema / pobreza extrema), com o fraco desenvolvimento humano e oportunismo desabrido a cada vez mais ameaçar uma explosão social. Não estamos longe de Maputo”!, afirmou ao F8, o economista e politólogo, Patrício Sangueve.

Entretanto, JES, parece mergulhado na frustração de insucessos constantes, saltitando de bronca em bronca, cometidas pelos seus mais fiéis “Tulantes”, por isso bem lhe fica tentar limpar e promover a sua imagem, coagindo académicos e figuras socialmente influentes a bajular a troco de oportunidades. Mas não é isso que traz aos angolanos enquadramentos e competências.

Como dizia o outro: “Para que o nosso país possa ter governantes enquadrados é preciso que o seu guia não seja desenquadrado e incompetente e tenha capacidade e humildade democrática, para ceder o lugar a outro angolano, competente e enquadrado. Quando uma equipa anda sempre desenquadrada quem vai para a rua? O treinador, claro! Por isso, a questão de Angola e dos angolanos, parece óbvia, isso é certo a 100%, vai melhorar e os autóctones agradecerão imenso”.

Fonte: Folha8

Comentario

Camilo Cordasia Lungui

ANGOLANO, EU, O PRÓPRIO QUE LÁ VIVE. | 29-05-2013

A amior parte de vcs trabalham no estado e outros porque não vivem em Angola. Isto é reacção dos gatunos que queriam roubar mas não conseguiram! Uns falam de filhos como se eles estivessem a sofrer! muito de vcs tem duas mulheres e não conseguem sustentar devidamente e culpam o estado....Se falta luz, água e outras coisas, mostrem interesse em mudar e não justifique "não nos deixam fazer nada" porque simplesmente não sabemos reclamar (como vê não disse só vcs, até mesmo eu estou sendo culpado de algumas coisas). Não se queizem a comunidade internacional, porque no minimo eles farão alguma coisa em vias de guerra e tirar proveito. Se querem melhorar o País deixam de mandar bocas (que parece mais um desabafo), não digo todos pk alguns tem opiniões diferente. Mas quem pensa que o segredo é Tirar Ze du no poder está a mostrar o grau de dificuldade de raciocinar (porque é isso que os partido querem de algum matumbos que não percebam nada) . Agora me respondem...

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Restabelecimento do dialogo construtivo com o povo

Faruk Ibrahim | 16-01-2011

Os dirigentes africanos tem urgentemente de acordar e restabelecerem o dialogo construtivo com os seus povos, sob o risco terem um dia que fazer o que acabou a horas de fazer o kota da Tunisia que mal tempo teve de arrumar as malas, depois de mais de 30 anos de condado. Se calhar esta neste momento escondido algures nalgum buraco em alguma quinta em Tunes, a saborear umas apetitosas tangerinas.

Um kota de Mocambique

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arepio

joao | 25-12-2010

este cidadao estranjeiro pença que e o dono deste pais
e mesmo ele q nomeia os seus homes iconpetentes todo gatonos de Angola, e o JES e o homen com mais dinheiro e Angola nao ve a parte dos outro.

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organizar

da terra | 25-12-2010

este gajo e sempre ele a mandar

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Todo o Mendigo viva a custa de quem o da Ouvidos (..ou estende a Mao)

Diskette | 15-12-2010

O Reino dum Rei se traduz em Terra e Povo. A faltar uma coisa, o Rei deixa de o ser. Mas tambem ha o Rei dos Bandidos que conquista tudo a forca, aterrorizando, intimidando, saquendo, violando, etc....
O Nosso se enquadra mais ao Segundo.
Na historia da humanidade ha exemplos variadissimos
O Robin dos Bosques surgiu para contrapor a acao destes reinados de Bandidos, como o do MPLA

O Poder pertence ao Povo. Ele e que da e ele e que retira, sempre que for necessario
O Problema de Angola e de nunca ter experimentado uma indpendencia genuina e faltar ate agora pontos de referencia que o pudessem ajudar a nortear sua convivencia...

Saiu-se duma opressao e repressao colonial das mais barbaras da sua epoca, para uma neocolonizacao encapusada, mas com os mesmissimos autores na retaguarda...

Como assim?!! E porque o Povo nunca foi ensinado a viver livre e soberano, muito menos a se governar ou escolher quem ele quiser para dirigir os destinos da nossa coisa publica (comum).

Aquele rato caseiro de Dino Matross afirmou que
"Nós não lutamos contra o branco mas contra o regime colonial. Os que lutaram contra os brancos e contra os assimilados são estes partidos que hoje estão com dificuldades por causa da sua má política".
Se algum anestesiado ainda se pergunta do porque que o autoctone Angolano ainda se sente e e tratado como Estranho dentro da sua propria terra, temos os agnetes errados nos balcoes de atendimento.

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Anti-corrupto

Hugo Chavez D'angola | 09-12-2010

FORA COM ESSE CORRUPTO DO PODER

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a hora da vdd

esta chegando a hora | 08-12-2010

Vira o momento em q todo o angolano sorrirá e viverá melhor
vamos todos combater cpntra o o regime de JES, um regime empobrecedor, injuriador, covardes, gatunos, culpados pelo sofrimento do povo angolano tudo mas tudo é com eles, agradeço a DEUS por levantar no meio desta contudente urbukencia homens fortes como Willian Tonet, o Economista o entrevistado e outros q se batem todos os dias com regime no sentido a q não sessam pra frente é o caminho.

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O melhor

Maxinde | 08-12-2010

O melhor e mesmo estarmos rir quando os nossos filhos chorom de fome ou melhor e dizer que viva o guia imortal JES quando na minha terra nao tenho terra nem tecto e ninguem liga se calhar esse prevelegio e so para brancos ou seja como comer carne num dia de semana, devo rir quando vejo o tuga ou brazuca mesmo sendo um mau motorista ele chega na minha terra em meio dia ele tem carro tem salario que na empresa pagom dez pretos e na hora de trabalhar os mais justos ainda dizem que estao aprender a trabalhar com os pretos ou sera isso o tal desenvolvimento sustentado parece que e, devo rir ou apoiar quando meu filho apesar de ter melhores nota que o filho do Mandao o mesmo nao consegue emprego em determento do filho do mandao e se conseguir o filho do mandao sera o seu chefe e ainda es obrigado a lhe ensinar administrar, tudo isso e mais afinal de conta e pouco devemos temer o pior, se houver pior que isso entao eu tenho que admitir que os partiram para outro lado ou ministerio dos pes junto safaram-se de tanta humilhaçao na sua propria terra porque aqui a vida esta boa e se calhar tenhe razao aqueles que tamben dizem que no tempo colonial era melhor.

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TRANQUILO

DANIEL NZINGA | 08-12-2010

E que os muitos homens ambiciosos querem mudar de presidente da republica quando crêem que é para melhor, e é essa crença que os leva a pegar em armas contra quem està no poder. E uma ilusâo, porque depois, a experiência lhes faz ver que pioraram. Por exemplo do Congo democratico, Congo Brazzaville, Guinée Bissau etc...

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