Heróis da liberdade

 Heróis da liberdade

 

A nação angolana foi construída pedra a pedra por homens excepcionais e por isso mesmo imprescindíveis. O caminho percorrido até agora foi longo e com obstáculos que para pessoas normais seriam intransponíveis. Sim, foram ultrapassados, mas graças à força inquebrantável, à dedicação a toda a prova e ao patriotismo sem limites dos nossos heróis e de pessoas comuns que souberam acompanhá-los e nunca viraram a cara à luta.


Angola nas actuais fronteiras foi sufocada pela ocupação estrangeira e impuseram ao nosso povo um quotidiano a ferro e fogo.
A Angola de hoje foi-nos legada pelos nossos heróis intacta e livre, à custa de sacrifícios incomensuráveis. Uma vez definidas as fronteiras pelas potências coloniais, logo surgiu uma elite que exigiu um país livre. Mas vivíamos um "tempo de guerra e sem sol". Os direitos humanos apenas protegiam os ocupantes.


Os angolanos não tinham direitos e, em rigor, não eram tratados como humanos. Só uma geração heróica podia ter força para enfrentar tantas adversidades e tantos inimigos. Até os deuses pareciam estar loucos, ao permitirem o holocausto de todo um povo.
Mas os angolanos ousaram lutar e a luta conduziu-os a grandes vitórias que foram as bandeiras que levaram até ao Dia da Independência Nacional. Os melhores filhos de Angola sacrificaram as suas vidas no altar da liberdade e na luta pela dignidade. São os nossos heróis e os nossos mártires.
Para aqui chegarmos, foi preciso derrubar as barreiras impostas pelo colonialismo, sobretudo o racismo e o tribalismo. Os nossos heróis, ao mesmo tempo que se batiam de armas na mão contra os ocupantes, tiveram de forjar no terreno da luta a unidade nacional e construir, a golpes de coragem e abnegação, uma nova nação.


Hoje podemos dizer que temos um país abençoado. Mas foram os nossos heróis que conseguiram transformar o inferno do colonialismo no paraíso da democracia e da liberdade. Ontem fomos escravizados e vendidos. Hoje somos cidadãos de corpo inteiro e temos o respeito do mundo.


A nossa maior riqueza é o exemplo dos nossos heróis. Aquilo que nos distingue de todos os outros países é o nosso passado e a nossa memória. Nenhum outro povo consentiu tantos sacrifícios para ser independente. Poucos tiveram que fazer uma luta armada de libertação nacional em condições tão adversas. E só alguns sacrificaram os seus melhores filhos no altar da liberdade.


Os angolanos devem aos seus heróis a liberdade e a dignidade. O mundo deve-lhes um contributo inestimável na construção da democracia. Foram os nossos heróis que deram sentido à defesa dos Direitos Humanos em África. A geração heróica que lutou de armas na mão pela Independência Nacional deu ao mundo uma lição extraordinária de amor à liberdade.


Hoje é um dia transcendente para os angolanos e para os povos que amam a democracia. Mais do que uma data no calendário, estamos a homenagear os construtores da paz e da independência em Angola e os mais esforçados combatentes dos Direitos Humanos em África e no mundo. Mais do que a alegria por sermos um país tão rico em combatentes da liberdade, devemos manifestar hoje o orgulho de sermos angolanos e por a nossa pátria ter dado ao mundo tantos seres humanos excepcionais que garantiram uma dimensão de heroísmo à Humanidade.


Hoje é o Dia do Herói Nacional, que coincide com o aniversário do Presidente Agostinho Neto, o líder que durante duas décadas guiou os angolanos em tantos combates vitoriosos pela liberdade e pela dignidade em condições pouco menos do que impossíveis, porque os países mais poderosos do ocidente apoiavam a potência colonial. Além da Independência Nacional, Agostinho Neto conseguiu forjar a unidade nacional, em condições adversas. E esse é o maior legado do líder, porque graças ao seu projecto "um só povo uma só nação" foi possível levar de vencida todas as agressões estrangeiras, conservar a soberania nacional e a integridade da pátria.


Os angolanos estão hoje a honrar os seus heróis porque são um povo com passado e memória. O mundo devia acompanhar-nos nesta festa e nesta reflexão. Porque foi o amor à liberdade dos nossos heróis que permitiu aos povos africanos subjugados pelo colonialismo conquistar a independência. Porque foi graças à vida de milhares de combatentes angolanos que o mundo liquidou o "apartheid".


A Humanidade ganhou muito com os angolanos e a sua força indomável no combate pela democracia. Um dia, as páginas da História Universal vão registar os contributos do Povo Angolano na construção de um mundo mais justo e mais livre. E nessas páginas, um nome vai estar gravado a letras de ouro: António Agostinho Neto

  

*José Ribeiro

DG Jornal de Angola

Comentario

Bairro prenda

Kidi | 19-09-2010

Mas esqueceram-se de tbm evocar as qualidades assassinas deste homem!Quando è que a verdade serà dita?Neta sacrificou muitos angolanos negros,inclusive alguns quadros,para favorecer bracos e mesticos dentro do MPLA!Falem tbm das qualidades assassinas deste homem,por favor!

Viva kilamba o nosso presidente.

Manguxi junior. | 17-09-2010

meu pai foi guarda do agostinho neto de 76 a 77 e infelizmente o mpla hoje nao o reconhece, mas guarda boas memorias do cota manguxi, se manguxi nao morresse tao cedo a angola que temos seria diferente, o jose eduardo dos santos está a vender o país, ca em luanda ja tem sitios em que tu vais e onde és o unico preto te olham de cima abaixo como se te perguntassem : estas aki a fazer o que esse nao é lugar para ti. entao se lutamos contra o colonialismo nao era para livrarmos o negro da opressao ja que os negros eram os unicos povos oprimidos?porque é que o negro ate hoje é pouco valorizado e por negros iguais que estao no poder? sera que a descolonizacao significou apenas troca de colonos brancos por colonos pretos?responda-me senhor jose ribeiro.

Heroi

Ta doer | 17-09-2010

Neto nosso heroi
Ta doer

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