“Governo Angolano Deve Respeitar A Vontade Soberana Do Povo Da Costa Do Marfim” - Isaías Samakuva

“Governo Angolano Deve Respeitar A Vontade Soberana Do Povo Da Costa Do Marfim” - Isaías Samakuva

 

Luanda -  “Achamos que todos, inclusive o governo angolano, devem respeitar a vontade soberana do povo da Costa do Marfim, expressa nas urnas, não deve haver soluções, nem intervenções discretas de países que, mesmo não estando na área parecem estar de facto envolvidos nesse conflito”, aconselhou o presidente da UNITA.
 
O Presidente da UNITA, Isaías Samakuva reiterou nesta sexta-feira 14 de Janeiro de 2011, a posição do seu partido em relação a situação reinante da República da Costa do Marfim, a favor do diálogo aprofundado para a solução da crise pós-eleitoral. 
 
 
Falando à imprensa, momento antes do início da IX Reunião Ordinária do Comité Permanente, o líder da maior força política da oposição, manifestou a sua satisfação pelo que chamou de “atitude evolutiva” do presidente da República, José Eduardo dos Santos que privilegia o diálogo na busca de soluções aos conflitos.
 
 
“Devemos manifestar a nossa satisfação pela evolução que notamos na atitude do senhor presidente da República que depois de ter apoiado soluções militares aqui em Angola, nos dois Congos, onde inclusivamente foi derrubado um governo eleito, agora vem defender claramente uma solução pacífica, que passa pelo diálogo”, afirmou Isaías Samakuva, reagindo ao pronunciamento de José Eduardo dos Santos, quando recebia cumprimentos do Corpo Diplomático acreditado em Angola, no dia 13 de Janeiro corrente.
 
 
De acordo com Isaías Samakuva, o seu partido sempre apoiou o diálogo aprofundado como forma mais indicada para o fim da crise reinante na Costa do Marfim.
 
 
Entretanto, Samakuva recomendou que a solução do conflito na Costa do Marfim deve de resultar das forças envolvidas, sobretudo os Estados da CDEAO e a União Africana e que o Executivo angolano deve cooperar com as decisões tomadas por essas organizações regionais e internacionais (Nações Unidas).
 
 
“Achamos que todos, inclusive o governo angolano, devem respeitar a vontade soberana do povo da Costa do Marfim, expressa nas urnas, não deve haver soluções, nem intervenções discretas de países que, mesmo não estando na área parecem estar de facto envolvidos nesse conflito”, aconselhou o presidente da UNITA.
 
 
Por outro lado, Isaías Samakuva exprimiu a preocupação do seu partido em relação a forma como estar a ser conduzido, na Assembleia Nacional, o debate sobre feriados nacionais, sugerindo o adiamento da sua aprovação para o aprofundamento do diálogo, que deve envolver várias sensibilidades do país interessadas no assunto.
 
 
“Nós achamos que os feriados nacionais não deviam ser datas festivas de um ou qualquer partido que seja, devem ser datas consensuais e apelamos a todas as forças vivas do país para que no quadro do aprofundamento do processo de reconciliação nacional, devia ser privilegiado o interesse nacional e não o interesse de um só partido”, afirmou Isaías Samakuva, para quem o debate sobre os feriados nacionais devia continuar. “Há várias sensibilidades do país que devem ser escutadas sobre o assunto”, concluiu, acrescentando não ser imperativa aprovação imediata do diploma legal.
 
 
De salientar que os trabalhos da 9ª reunião ordinária do Comité Permanente decorrem até dia 15 de Janeiro de 2011, durante os quais estão a ser analisados, entre outros, os relatórios dos secretariados do partido, o desempenho do executivo durante os últimos 3 meses, no quadro do programa estabelecido pela Comissão Política, em finais de Outubro de 2010. Serão aprovados nessa reunião os programas para o ano de 2011, a sua orçamentação e a regulamentação da sua execução.
 
 
Fonte: UNITAEURO
 

 

 

Comentario

assim é em Africa

Jacinto | 17-01-2011

Realmente o Samakuva relembra neste pronunciamento que o proprio ex-socialista, comunista, marxista hj no couro de ouvelha democrata JES ja interviu militarmente nos congos. Sendo a propria UNITA ex-belissista, é mais facil acreditar nos principios da UNITA que do partido no poder.
Qto aos feriados, devemos incluir tbem as ruas, Ex Rua do 1º Congresso do MPLA, tristeza.

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