Governo angolano desconhece expulsões em massa de cidadãos estrangeiros do país

Governo angolano desconhece expulsões em massa de cidadãos estrangeiros do país

 As autoridades governamentais angolanas dizem desconhecer a existência de alguma operação de expulsão em massa de cidadãos estrangeiros de Angola, como alertou quarta-feira a ONU. 

 
 
Em declarações à Agência Lusa, o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, Nelson Cosme, disse que o Governo angolano “não tem nenhuma informação que diga que está a decorrer no país a expulsão massiva de cidadãos estrangeiros”. 
 
Nelson Cosme reagia, assim, ao alerta emitido pelas Nações Unidas para uma possível nova vaga de expulsões em massa entre Angola e a República Democrática do Congo, depois de, em Outubro de 2009, a expulsão recíproca de cidadãos de um e outro país ter gerado uma grave crise diplomática entre Luanda e Kinshasa. 
 
As Nações Unidas referem que mais de 150 congoleses, incluindo 30 mulheres, alegadamente violadas, foram expulsas de Angola nos últimos dias. 
 
O ministro do Interior de Angola, Sebastião Martins(na foto), apelou quarta-feira, em Luanda, a todos os cidadãos estrangeiros que se encontrem em situação ilegal para abandonarem o país “de forma voluntária”, sob pena de serem expulsos para os respectivos países. 
 
“Queremos passar aqui uma mensagem clara a estes estrangeiros que, enquanto as condições o permitirem e for tempo, trabalhem no sentido de se legalizarem, ou então abandonem o país, porque seremos implacáveis com aqueles que hoje escolhem Angola para exercerem actividades nocivas à nossa economia e sociedade, criando embaraços à segurança interna do Estado”, disse Sebastião Martins. 
 
O governante, que falava no final de uma visita que efectuou à direcção central do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), apelou igualmente aos cidadãos angolanos para que deixem de facilitar e entrada ilegal de estrangeiros. 
 
Apesar do alerta lançado pela ONU, ciclicamente é o próprio Serviço de Migração e Fronteiras que divulga expulsões do país, tendo o Ministério do Interior anunciado que foram gastos com este tipo de acções, nos últimos cinco anos, cerca de 10 milhões de dólares, em despesas relacionadas com transporte, alimentação, entre outras. 
 
O próprio ministro das Relações Exteriores de Angola, Assunção dos Anjos, em plena crise com a RD Congo, em Outubro de 2009, foi claro ao afirmar que Angola não iria abdicar de repatriar os cidadãos estrangeiros que forem detectados em situação ilegal no país. 
 
O Governo angolano “não vai abdicar do direito de repatriar” cidadãos estrangeiros que estejam ilegalmente em Angola e a praticar actividades ilegais que prejudiquem o país, como garimpo ilegal de diamantes, especialmente nas Lundas, Norte e Sul, onde se concentra a maior parte dos ilegais, garantiu o ministro das Relações Exteriores durante a crise com a RDCongo. 
 
 
"FOBIA DO COLONIALISMO" MINA RELAÇÕES INTER-AFRICANAS
 
O pensamento é do Presidente da ONG OPEN SOCIETY-Angola, Isaías Isaac. De acordo com o mesmo, “Uma fobia do colonialismo” reina no continente negro. Atitude repugnante é responsável por desentendimentos entre africanos, sobretudo os países limítrofes - conclui o Presidente da ONG OPEN SOCIETY-Angola.
 
“Parece que é muito mais fácil nos relacionarmos com as potências colonialistas do que fazê-lo directamente com os países vizinhos” – disse.
 
O dirigente da ONG falava à margem da III Conferência Regional sobre os direitos humanos, que termina esta sexta-feira, em Luanda
 
 
Não citou nomes mas referiu “povos vizinhos com os quais existe uma história e um passado comum”.
 
“Toda esta história do passado e do futuro pode vir a perder-se, se não for reflectido”- advertiu.
 
 
Fez lembrar que o Congo Democrático, o Congo Brazaville e o Gabão, convidados ao certame, participaram na luta pela Libertação Nacional de Angola.
 
 
“Durante o período em que decorreu o processo da Luta pela Independência de Angola, estes países vizinhos e irmãos acomodaram milhares de angolanos e criaram-se laços que nem a própria história do presente nem a do futuro poderá apagar”, concluiu. 
 
 
Fonte: NL/Apostolado
 

 

 

Comentario

O cerco tem de apertar mais na imigraçao.

Sonia Varela - Luanda | 29-10-2010

Os estrangeiros ilegais ou os legalizados que nao se integram na nossa cultura devem mesmo ser expulsos.Mas nao sao so os africanos, atençao. É preciso passar um bom pente fino a muitos imigrantes europeus e árabes no nosso país muitos inclusive fazem lavagens de dinheiro e estimulam a prostituiçao e o homossexualismo em Angola.

seria com todo gosto

Minu | 29-10-2010

O governo Angolano estao a lhes mostrar o que deveriam fazer, expulssar todos os estrangeiros vivendo ilegal no nosso pais. Existem Angolanos a viverem notros paises sao legais ou lutam a se legalizar, mas aqui em Angola temos portugueses, chineses, cubanos, filipinos, chadeanos, maliano, congolenses democraicos, brazaville, gaboneses, nigerianoss e outras individuos a viverem ilgais e a fazerem ngocios ilegais, por cima os portugueses e congoleses democraticos opteram agora de serem naturais de Huambo ( municipios e comunas destas provincias), benguela, kuando kubango e malange.... assim sao os falsos Angolanos vivendo em Angola.... tambem o governo deve amentar a penas dos individuos que facilitam este tipo de negocio, por exemplo: lobito e soyo sera provincia de portugal e RDC, em Luanda palanca, mutamba, mabor, petrangol, bairro popular, deve-se declarar comunas o bairros dos nigerianos e zairenses ilegais. que raio de gozaçao e esse. explulsam sim seria com todo gosto, ficam os legais.... chato.

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