Em Comores: Chefe do estado-maior do exército está refugiado numa escola militar
Moroni - O chefe do estado-maior das Forças Armadas Comorianas, general Salimou Amiri, recusou hoje (terça-feira) a sua detenção e está refugiado numa escola militar de Moroni, após a sua saída de uma audiência com o juiz em Moroni, no quadro de um inquérito sobre a morte de um coronel do exército, noticia a AFP.
O general Salimou Amiri foi hoje de manhã ao tribunal de Moroni para ser ouvido pelo juiz responsável pelo inquérito sobre a morte do coronel Ayouba Combo, assassinado em Junho de 2010, por desconhecidos no seu domicílio, na capital comoriana, constatou o correspondente da AFP.
A saída dessa audiência de cerca de três horas, o juiz Rashad Shangama anunciou ao general Salimou a sua culpabilidade e detenção, que esse último rejeitou.
"Fui de boa fé e pelo respeito ao gabinete do juiz que me convocou", explicou o chefe do estado-maior, interrogado por telefone pela AFP.
Sublinhou que seria o magistrado a se deslocar ao seu gabinete. E não pode ser ele sozinho que deve decidir sobre a sua culpabilidade, estimou o general Salimou.
Os guarda-costas do oficial general opuseram-se fisicamente à sua detenção, num confronto directo com os gendarmes (polícia), disse.
O general Salimou em seguida deixou o local e se deslocou a uma caserna de Kandani, quartel general do exército, situado na periferia da capital, onde estava, explicou um membro do seu círculo.
Posteriormente, o general refugiou-se na Escola Nacional das Forças Armadas e da Gendarmeria (ENFAG), situada no caminho do aeroporto.
"Estou a observar a situação", declarou o general à AFP, quando se encontrava na tarde de hoje naquela escola militar.
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