Discrepâncias nos dados do petróleo em Angola

Discrepâncias nos dados do petróleo em Angola

 Activistas anti-corrupção elogiaram a publicação na internet dos rendimentos de petróleo de Angola e de outros dados financeiros relacionados mas questionaram a credibilildade dos números divulgados.

 
 
A Fundação Open Society em Angola e a organização sedeada no Reino Unido Global Witness estudaram vários relatórios do Ministério angolano do Petróleo.
 
Trata-se também de informações mensais sobre as exportações petrolíferas e rendimentos do Ministério das Finanças e declarações financeiras da Sonangol, a companhia petrolífera estatal.
 
Ao analisarem os dados para 2008, os seus investigadores descobriram várias discrepâncias nos números apresentados.
 
Os rendimentos variam entre 29,1 mil milhões de dólares, de acordo com o Ministério das Finanças para 24 milhões de dólares segundo a Sonangol enquanto o Ministério do Petróleo dá conta de 20, 5 mil milhões de dólares.
 
Elias Isaac, Representante da Fundação Open Society em Angola disse à BBC que era positivo o facto do governo angolano ter começado a publicar informações financeiras mas referiu que os números não eram propriamente credíveis.
 
Análise
 
O relatório também salienta que o Ministério das Finanças registou menos 87 milhões de barris de petróleo exportados durante o ano do que o Ministério do Petróleo.
 
O documento descobriu também que as reivindicações de dividendos da Sonangol não condizem com os dados apresentados nem pelo Ministério das Finanças nem pelo do Petróleo.
 
A publicação online das informações financeiras relacionadas com o petróleo tem sido encarada como um grande passo em frente para Angola.
 
O país tem sido bastante criticado no passado pela falta de transparência das suas contas públicas.
 
No entanto, Diarmid O'Sullivan, da Global Witness, disse que as discrepâncias encontradas nos relatórios de 2008 que analisaram eram impressionantes.
 
Ele acrescentou que embora não indicassem corrupção de forma automática levantam questões profundas sobre a qualidade dos dados oficiais.
 
O relatório efectuou várias recomendações incluindo uma revisão independente dos números financeiros e apelou à criação de um mecanismo independente regulador do sector petrolífero.
 
Parecer
 
Issac da Fundação Open Society em Angola disse que a população do país tem o direito de saber quanto dinheiro é que provém do petróleo que abrange 90% das exportações de Angola e quase dois terços dos rendimentos do governo.
 
Acredita-se que a recente ligação de Angola com o Fundo Monetário Internacional tenha contribuído bastante para a divulgação dos documentos.
 
Trata-se também de uma reacção aos críticos que acusavam a Sonangol e o governo de desviarem a riqueza do petróleo para fins privados.
 
Angola disputa com a Nigéria o título de maior produtor de petróleo do continente africano.
 
Mas cerca de dois terços da população angolana ainda vive com menos de dois dólares por dia e grande parte sem acesso a electricidade, água potável ou saneamento básico.
 
O país é actualmente cotado como fazendo parte das dez nações mais corruptas do mundo pela organização Transparência Internacional.
 
Mas no ano passado o Presidente José Eduardo dos Santos prometeu combater este problema designando a sua proposta como "tolerância zero" à corrupção.
 
Uma nova lei de probidade foi introduzida pelo Presidente que tem proferido vários discursos desde a sua aprovação para alertar as pessoas a respeitarem as novas regras.
 
 
Fonte: BBC
 
 
 

Comentario

Abaixo JES/MPLA

Anti-merdas. | 08-12-2010

Porraaa!!Angola ta perdida.

Tolerância zero pra quem?...

Recluso | 08-12-2010

Afinal a mensagem do camarada presidente não foi bem entendida meus conterras, TOLERÂNCIA ZERO É PRA QUEM FALAR MAL DO JES E DO MPLA...entendam de uma vez por todas.

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