11 de setembro de 2001: Os Estados Unidos nunca mais foram os mesmos

11 de setembro de 2001: Os Estados Unidos nunca mais foram os mesmos

 

 

Quatro aviões sequestrados e 19 terroristas dispostos a morrer foram suficientes para, no dia 11 de Setembro de 2001, mergulhar os Estados Unidos no horror e transformar esse país até então inatingível no seu próprio solo na vítima de uma magistral operação terrorista dirigida contra os símbolos do seu poder.
 
Em poucos minutos, o mais grave atentado terrorista de todos os tempos fez explodir o sentimento de invencibilidade dos norte-americanos, oito meses depois da chegada de George W. Bush à Casa Branca.
 
No céu ensolarado de Nova Iorque, dois Boeing 767 sequestrados, com 92 e 65 pessoas a bordo, espatifaram-se com 17 minutos de intervalo (8h46 e 9h03) contra as torres gémeas do World Trade Center de Nova Iorque, símbolo do capitalismo norte-americano.
 
Às 9h43 locais, um Boeing 757 no qual viajavam 64 pessoas lançou-se contra o Pentágono em Washington, sede do Ministério de Defesa norte-americano, e 30 minutos mais tarde, um Boeing 757 com 44 pessoas a bordo caiu num campo perto de Pittsburgh (a 300 quilómetros de Washington). Os passageiros - todos mortos - deste último enfrentaram os piratas aéreos, que tinham aparentemente como objectivo a Casa Branca ou o Congresso.
 
Atentado terrorista
 
O presidente George Bush foi informado da tragédia quando visitava uma escola na Florida (Sudeste). “Trata-se aparentemente de um atentado terrorista”, declarou 45 minutos depois do primeiro atentado. Os aeroportos foram fechados em todo o país e o pânico apoderou-se de Nova Iorque e Washington, onde por receio de que a Presidência fosse atacada, o vice-presidente Dick Cheney foi levado para um bunker no subsolo da Casa Branca.
 
Enquanto isso, o país, petrificado, via ao vivo pela televisão a tragédia em Nova Iorque.
 
As equipas de socorro, ultrapassadas pela dimensão da catástrofe, tentavam coordenar-se enquanto nos andares superiores das torres do World Trade Center, centenas de pessoas prisioneiras tentavam escapar do inferno. Alguns subiam para o telhado esperando os helicópteros, incapazes de se aproximar devido ao calor e ao fumo. Outros empreendiam uma longa descida pelas escadas de socorro, algumas delas bloqueadas pelos escombros. Mas muitos atiraram-se pelas janelas.
 
Desabamento das torres
 
Às 10h05, a torre sul do World Trade Center, atacada em segundo lugar, desabou numa avalanche de fogo e poeira, lançando para a morte centenas de empregados e membros de grupos de socorro. A segunda desabou 23 minutos mais tarde.
 
Cerca de 25.000 pessoas trabalhavam nas torres de 110 andares naquela manhã. As primeiras estimativas avançaram o dramático número de 6.000 mortos. O balanço desceu progressivamente para 2.919 após meses de buscas. A zona sul de Manhattan foi enterrada pela poeira e os escombros. Dezenas de milhares de pessoas em pânico, algumas feridas, tentavam fugir para a zona norte da cidade. As famílias procuravam desesperadamente notícias dos seus familiares. Sob o impulso do seu presidente de Câmara, Rudolph Giuliani, a quem um drama converteu em herói nacional, Nova Iorque tentava fazer face à catástrofe.
 
As pontes e túneis que unem Manhattan ao resto da cidade foram fechados, o então presidente de Câmara Rudolph Giuliani ordenou aos nova-iorquinos que não saíssem de casa, e toda a zona sul de Manhattan, onde trabalham centenas de milhares de pessoas, foi progressivamente evacuada.
 
A 330 quilómetros dali, a capital federal, Washington, estava também em pânico. Os meios de comunicação informaram de um incêndio nas proximidades da Casa Branca e sobre a explosão de um carro-bomba no Departamento de Estado, desmentida mais tarde.
 
Caça a Ossama Bin Laden
 
O presidente Bush embarcou numa viagem por todo o país, da Flórida a uma base aérea em Louisiana (Sul), por motivos de segurança. “Não se enganem, os Estados Unidos caçarão e castigarão os responsáveis por esses actos cobardes”, declarou no início daquela tarde, antes de embarcar no avião presidencial Air Force One para dirigir-se a outra base aérea, esta em Nebraska, a mais de 1.600 quilómetros da capital.
No meio da tarde, a fotografia de Ossama bin Laden, chefe da rede Al-Qaeda, aparecia nos ecrãs de televisão e foi apontado com o suspeito de organizar os atentados.
 
Bush voltou finalmente pouco antes das 19hoo locais à Casa Branca. Com uma expressão grave, o rosto marcado pela tragédia, o presidente falou ao país às 20h30, afirmando a sua determinação de castigar os autores dos atentados. “Não faremos nenhuma diferença entre os terroristas que praticaram estes actos e os que os protegerem”, afirmou da sala oval da Casa Branca, evocando as “milhares” de pessoas mortas nos atentados.
Poucos minutos antes da meia-noite, Giuliani anunciou que dois polícias tinham sido retirados dos escombros do World Trade Center, fazendo parte dos poucos sobreviventes encontrados após a queda das torres.
 
Nova Iorque, coberta por uma nuvem de fumo visível a 50 quilómetros, preparava-se para passar a noite mais dramática da sua história.

 

 

Veja aqui videos de reportagens relacionadas aos ataques feitos em 2001

 

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