Declaração Da UNITA Sobre A Celebração Do 35º Aniversário Da Independência De Angola

 Declaração Da UNITA Sobre A Celebração Do 35º Aniversário Da Independência De Angola
 
1. Por ocasião da celebração do 35º aniversário da proclamação da independência nacional, a UNITA saúda os antigos combatentes e todos os veteranos da Pátria e rende homenagem à memória de todos os partícipes da luta multiforme, dura e prolongada, que resultou na conquista da independência nacional, em 11 de Novembro de 1975.
 
 
2. Foram protagonistas desta gloriosa epopeia vários actores, em várias partes de Angola e do mundo, com destaque para os três Movimentos de Libertação Nacional: a FNLA, o MPLA e a UNITA, dirigidos respectivamente por Álvaro Holden Roberto, António Agostinho Neto e Jonas Malheiro Savimbi.   
 
 
3. Estes dirigentes nacionalistas subscreveram os Acordos do Alvor, em Portugal, em Janeiro de 1975, que estabeleceram a obrigação de se realizarem eleições gerais para uma Assembleia Constituinte em Outubro de 1975 e a data da independência de Angola em 11 de Novembro de 1975, a ser solenemente proclamada pelo Presidente da República Portuguesa, enquanto representante do país descolonizador.
 
 
4. Infelizmente, nem as eleições foram realizadas,  nem a independência foi proclamada pelo Presidente da República Portuguesa, na presença dos legítimos representantes do povo angolano que subscreveram os Acordos do Alvor. Angola nasceu, assim, como país independente, sem eleições, sem unidade nacional, sem tolerância e sem a democracia que produz a paz.
 
 
5. Volvidos 35 anos, a grande maioria do povo angolano ainda não usufrui os frutos da independência,  porquanto: 
 
a) Os seus direitos e liberdades fundamentais bem como os seus direitos políticos, económicos, sociais e culturais   continuam a ser sistematicamente violados pelos poderes públicos.
 
b) O actual Presidente da República exerce o poder político há mais de 30 anos, sem se submeter à eleição e ao controlo do povo soberano de Angola. Estabeleceu um regime autoritário sob uma Constituição autocrática que ofende a democracia e não serve  as legítimas aspirações de liberdade do povo angolano. 
 
 
c) O potencial de riquezas do país não está a ser empregue para o bem-estar do povo. O país continua  sem  um programa de desenvolvimento inclusivo e sustentável, enquanto estratégia para um combate eficaz à pobreza. O actual Executivo  promove a exclusão por via da partidarização da sociedade, do apartheid económico e outras manifestações hegemónicas.   
 
 
d) Enormes recursos provenientes do petróleo e de outras fontes de riqueza nacional continuam a ser desperdiçados, esbanjados e desviados dos cofres do Estado pelos governantes, conforme provam vários relatórios de organizações nacionais e internacionais credíveis e nunca desmentidos. 
 
 
e) Vive-se um aparente momento de crescimento económico e de prosperidade material do qual a grande maioria dos angolanos não participa nem beneficia. É gritante a falta de investimentos sérios no desenvolvimento humano e em infra-estruturas de saneamento básico.  
 
f) Os sistemas de  educação,  saúde e de segurança social estabelecidos contrariam os objectivos seculares da independência de Angola.  
 
g) Tal como em 1975, a economia política angolana continua estruturada para o exterior e dependente do exterior.  
 
 
h) O Estado da Angola independente institucionalizou a corrupção a coberto da qual os titulares dos seus órgãos de soberania e a elite dominante utilizam recursos públicos para promover empreendimentos privados e enriquecimentos ilícitos enquanto os angolanos continuam mergulhados num nível de miséria pior que a dos tempos do colonialismo. 
   
 
 6. Perante este quadro, a UNITA declara o dia 11 de Novembro de 2010, dia da celebração do 35º aniversário da independência nacional, um dia de profunda reflexão sobre o futuro de Angola.  
 
 
7. A UNITA exorta, assim,  todos os patriotas a reflectir sobre as estratégias mais adequadas para a concretização efectiva dos objectivos da independência nacional para o benefício de todos os angolanos e das gerações vindouras. 
 
 
Luanda, 10 de Novembro de 2010

O COMITÉ PERMANENTE 

DA COMISSÃO POLÍTICA DA UNITA 

 

 

Fonte: UNITA 

 

Comentario

Miramar - Luanda

Eliseu Duarte Pombal de Carvalho | 10-11-2010

Sinceramente não sei do que muitos reclamam,vivo e muito bem em Angola, moro em uma estupenda vivenda, tenho 6 empregados e faço questão que todos trabalhem com uniformes, tenho 4 automóveis sendo: 1 Porsche Cayenne, 1 Volvo S80, 1 Mercedes Benz 500 e 1 Rav 4 para os empregados fazerem as compras da casa. Em minha vivenda tenho todo o conforto e uma piscina para receber os amigos nos fins de semana. Para as férias possuo uma magnifica quinta no Algarve e um apartamento no Estoril, para as férias de verão tenho uma casa em uma Ilha em Angra dos Reis cidade do litoral sul do Rio de Janeiro - Brasil, com atracadouro privado, onde fica a minha lancha de 40 pés. Meus filhos estudam na Africa do Sul e se hospedam em minha casa de Pretória. Aqui em Luanda nada falta, para fins de semana prolongados, muitas vezes, vou com meu Lear Jet privado, para a minha fazenda na Huíla, onde crio algumas centenas de cabeça de gado que importei do Brasil. Por isso não sei do que tanto reclamam, afinal todos podem crescer na vida como eu cresci!

35 anos de independencia

Katchivimbi | 10-11-2010

Independência? Alguma coisa está errada.....após 35 anos em vez de progredir, regredimos. Só houve progresso para Presidente, Ministro, General, esses sim são independentes, têm o dinheiro em todos os países do mundo, os filhos estudam nas melhoras escolas e colégios europeus, as filhas do presidente tem mansões por toda a europa e Brasil incluindo barcos e iates. A familia do genro tuga nunca viu tanto dinheiro na vida.....afinal quem se sente independente?! O angolano dos muceques, aquele que vive lá no interior que nem ao sal tem acesso, para esses a independência ainda não chegou. Mas o triste é que são angolanos a roubar a outros angolanos. A terra é de uns....não é de outros

Cabinda

Peixe na Água | 10-11-2010

A independência de Cabinda está quase e será dia 1 de Agosto de 2011 .
Nós os Cabindas não temos nada a haver com a vossa independencia .

Viva Cabinda
A luta está certa
Abaixo o neocolonialismo
Abaixo o Regime neocolonial Jes/Mpla
Viva a Paz em Cabinda

motivos para refletir claro..

joao paulo | 10-11-2010

Realmente esse dia da que refletir,a verdade e que nos Angolanos nao ganhamos essa independencia como se diz,ela foi dada ao MPLA pelos comunistas e socialistas tugas,o que se passou depois toda gente sabe,mas prontos,o que esta feito esta feito,nao podemos voltar atraz,o que temos que fazer agora e arregacar as mangas e por maos a obra porque temos muito e muito que fazer...a boa noticia no meio disso e que os tugas ja se foram embora..tou a brincar,tinham ido embora...agora estam a voltar e com uma furia que nao se tinha visto antes,sera que dentro de umas geracoes vamos comemorar outro dia da independencia em vez do 11/11??veremos...

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