Sexolândia, Um P(I)Rigo Para A Saúde Moral Da Nação- Domingos Da Cruz

21-07-2010 02:09

 

Tendo em conta a gravidade do assunto em epígrafe, já teria escrito estas breves linhas a muito…Alguns modernistas que confundem modernidade com depravação moral, certamente que defendem uma abordagem, aberta, liberal, etc., em torno da temática que é objecto de estrago (análise) no canal dos filhos de José…, mas a sexualidade, meus irmãos, não é um tema qualquer. Urge sim, fazer uma abordagem aberta, mas existe uma forma mais humana, ética para falar sobre a sexualidade humana. Por outro lado, não pode ser abordada por uma pessoa ferida moralmente, com desiquilibrios psicossexuais evidentes. Vamos falar sobre isto lá a frente.Foi com muito desagrado, que numa entrevista, que o Sr. Zedú filho, concedeu a Rádio Nacional, conduzida por Sílvia Samara. Em resposta a uma das questões que lhe foi colocada, referente ao objectivo do canal 2 da TPA, replicou: «o objectivo fundamental deste canal é o intertenimento, porque em Angola não temos um canal de intertenimento…!». Diante desta resposta, no meu espírito filosofial nasceu as seguintes interrogações: afinal para este muadié e os seus… a sexualidade é um instrumento para intertenimento, então daqui a pouco vao pôr pornografia as 12 horas no canal que lhes foi doado? Será que este momento crucial da nossa história precisa de tanto intertenimento assim? Talvez o ideal seria propôr aos angolanos um modus vivendi, essendi e fazendi de mais seriedade e não estas banalidades que vão destruindo espiritual e materialmente a nação de Nginga!

É necessário deixar bem claro, que o homem é um ser sexuado por natureza. A sexualidadade humana é sem dúvida um elemento identitário da nossa masculinidade ou feminilidade, daí que aceitá-la enquanto faceta fundamental da pessoa é uma epifania da nossa maturidade. Mas aceitá-la nao significa banalizá-la, porque a sexualidade não é uma bagatela qualquer, como diria Imbamba. Diante deste perigo de altas proporções para o país (que não é país), enquanto angolano preocupado com esta terra, gostaria propôr a reformulação do programa em análise. A reorganização do programa passa pelos seguintes aspectos – a retirada urgente da apresentadora. A questão que se coloca em relação ao rosto do espaço é de âmbito ético, ou seja, não se pode confundir o facto de alguém exibir vergonhosamente o seu corpo, com atributos duma pessoa especializada em sexologia.

Até pode ser uma especialista de práticas genitais empíricas. Este programa apresenta-se como uma contradição, um triunfo do mal sobre o bem, uma corrente que puxa ao contrário dos objectivos da nação porque o país fala constantemente de crise moral e da necessidade de recoperarmos axiologicamente a nação, os doentes morais impõem as suas fantasias sexuais. Outros aspectos, que justificam a urgência de se retirar a apresentadora prende-se com a necessidade do país construir referenciais éticos, ou seja, precisamos de modelos éticos que sirvam de exemplo para as novas gerações.

Infelizmente, este não é o caso da pseudojornalista do Sexolậndia, uma pessoa ferida e arranhada moralmente. Talvez se pudesse propôr aos proprietários do canal amoral que se reformulasse somente a forma de abordagem e se mantivesse a apresentadora. Esta possiblilidade está fora de hipotese para nós, porque as palavras que saem na boca da dita cuja evidenciam uma cabeça de ngaxi...e falar de sexualidade não pode ser uma pessoa sem carga epistemológica para o efeito. O nome do programa também merece uma mexida, porque tem um impacto psicológico e valorativo negativo. O nome ideal para o programa seria, educação sexual ou a sexualidade humana.

De acordo com a sexologia, psicologia da sexualidade, a ética, a moral, a teologia e a antropologia cultural, se pode aboradar a questão de uma forma mais humana, mais construtiva e educativa, olhando para os seguintes temas: as dimensões da sexualidade humana e seus influxos na construção da personalidade humana, o encesto, a masturbação e suas consequências ônticas, psicológicas e médicas, a homossexualidade, sua origem e implicações morais e sociais, o controlo da natalidade, a educação para o amor e para o casamento, o namoro, o noivado, a reprodução assistida e suas implicações éticas, a infertilidade e a intervenção da ciência, a prostituição, a psicologia do prostituto e da prostituta, etc., etc. Certamente, que estas questões a apresentadora em questão não consegue abordar. Não podia deixar de dizer à sociedade e aos protagonistas do Sexolândia, que de acordo com a dimensão sócio-cultural da sexualidade, esta manifesta-se segundo a cultura, tempo e local, ou seja, se um outro povo entende que o beijo pode ser dado publicamente independetemente da ocasião, para o homem bantu é diferente. O Sexolândia é o que é, porque os seus arquitectos são pessoas desaculturadas antropologicamente desde a pespectiva do ponto inicial. Beberam da cultura ocidental e querem propagar modelos estranhos ao nosso modus vivendi.

Apelo aos bispos da CEAST e à todas igrejas Cristãs

Enquanto cidadãos, temos o dever de ccontribuir de várias formas para o bem de Angola. Isto é patriotismo. Os bispos, assim como todas as igrejas cristãs, são os (supostos) gurdiães da saúde moral da nação. Não consigo aceitar que até ao momento os bispos e todas as igrejas cristãs, (...) ainda não se pronunciaram diante do tamanho e vergonhoso escandalo moral que é o Sexolândia. (...) Sei que habitualmente os bispos são muito reflexivos e vagarosos nas suas tomadas de decisões, mas o desvio da verdade moral e (antropológica) sobre a sexualidade é tão evidente, que facilita e requer um posicionamento urgente, para o bem deste bairro grande (Angola) já há muito dilacerado. Por isso, apelo aos bispos e as igrejas... para que tomem uma posição pública e clara em torrno desta miséria ética.

Ora, este programa não ultrapassa as manifestações das fantasias sexuais de certas pessoas e é por consiguinte um perigo para a saúde moral da nação, porque faz passar a mensagem implícita de que a sexualidade é nada mais do que fazer coito. Isto nao é verdade.

Fonte: Club-k.net

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